Israelitas vs Palestinianos
Os acontecimentos em Israel e na Palestina evidenciam o avanço perigoso do extremismo, perante a inacção dos moderados e da sua incapacidade para liderar o processo de paz.
Com os escândalos financeiros, Benjamin Netanyahu sabe que a sua sobrevivência política, depende de uma resposta belicista.
Com o enfraquecimento da Fatah, o Hamas para ganhar mais apoio junto dos palestinianos sabe que tem de aumentar a escalada da violência contra os israelitas.
Estamos perante duas posições insustentáveis, a quem pouco importa as consequências políticas das suas acções.
O agravamento sucessivo do conflito e o aumento da escalada de violência, impedem israelitas e palestinianos de encontrar um caminho para a paz e conseguir a desejada formação de dois Estados Solução já preconizada, mas que nunca passou de boas intenções.
Não defendo as acções do Hamas, nem posso concordar com a grande capacidade de agir dos israelitas que ao longo dos anos têm ocupado cada vez mais terras dos palestinianos, os despejos pela força, a imposição de colonatos e a humilhação sempre presente. A desproporção dos meios militares dos israelitas em relação aos palestinianos.
Com os lançamentos indiscriminados dos Rockets do Hamas e os bombardeamentos indiscriminados dos israelitas, os extremistas pensam alcançar uma vitória militar. No entanto, a história recente tem demonstrado precisamente o contrário. O recurso à força pode manter-se constante, mas uma solução de concórdia e harmonia, só será encontrada, se existir vontade política das partes.
A comunidade internacional tem um papel decisivo na busca de uma solução, mas em meu entender o seu êxito, depende do foco negociações, os israelitas e palestinianos devem ser tratados em pé de igualdade nos direitos e nos deveres e, não pode existir a premissa de que uns são os bons e os outros são os maus . É o futuro dos dois povos que está em causa, e a estabilidade política de uma região e do resto do mundo.
Ninguém está inocente neste impasse destrutivo e que deixa a humanidade mais débil.
Carlos Oliveira