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Greves do SEF poderão arruinar o Verão, diz a APAVT

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Foto: Facebook SEF

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) manifestou-se relativamente ao pré-aviso de greves do SEF nos aeroportos nacionais, que considera “uma óbvia ameaça económica contra Portugal.”

O pré-aviso de greve no SEF foi entregue pelo Sindicato dos Inspectores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) ao Governo. Em causa está a intenção do Governo em extingui o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para dar lugar ao Serviço de Estrangeiros e Asilo (SEA).

O SIIFF marcou o pré-aviso de greve para vários pontos do país, sendo que no Aeroporto da Madeira deve decorrer nas próximas segundas-feiras (31 de Maio e 7, 14, 21 e 28 de Junho) entre as 9 e as 12 horas. O pré-aviso contempla, também, os aeroportos de Lisboa e Faro.

O SEF esteve em greve no passado dia 7 de Maio, no Aeroporto de Lisboa, gerando grandes filas. Agora, a APAVT acredita que “o pré-anúncio de greves dos funcionários do SEF nos aeroportos nacionais constitui uma óbvia ameaça económica contra Portugal, no preciso momento em que a recuperação do turismo dá os primeiros passos neste novo ciclo da crise pandémica, com os principais mercados emissores de ‘olhos postos’ no nosso país.”

Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, avança que “o simples pré-anúncio de greve está já a levantar muitas questões dos principais operadores estrangeiros, designadamente do mercado britânico, que se considera como uma das tábuas de salvação na nossa actividade.”

A Associação atesta, ainda, que a verificar-se, a greve “produzirá efeitos negativos irrecuperáveis nas reservas turísticas.” Assevera não querer pronunciar-se sobre as razões da greve, mas apela “à rápida resolução do conflito, sem o que todos, as partes em disputa e todo o país turístico e economia nacional, sairão a perder.”

“Mais de um ano após o início da pandemia Covid19, com todas as empresas do sector praticamente paralisadas, é inqualificável um aproveitamento desta natureza. A APAVT não questiona as razões, mas adverte para as nefastas consequências, que ultrapassam uma classe profissional para atingirem o sector de turismo no seu todo e, como tal, a economia de Portugal”, conclui o comunicado da APAVT.