Miguel Sousa anuncia que não se recandidata ao cargo de presidente da AG do Nacional
"Ter saído dos Barreiros matou o futuro do Nacional", disse no programa 'Bola no Ar' da TSF-Madeira, em que critica duramente Rui Alves
O presidente da Assembleia Geral do Nacional, Miguel Sousa, assumiu a ruptura com o presidente do clube, Rui Alves, a quem apontou vários erros, aproveitando para anunciar que deixa de ser presidente daquele órgão do clube, uma vez que não se vai recandidatar a novo mandato.
As críticas passaram por vários aspectos, indo ao ponto de recuar ao tempo que os alvi-negros deixaram de jogar no Estádio dos Barreiros para ir para a Choupana. "Ter saído dos Barreiros matou o futuro do Nacional como um grande clube", disse no programa ‘Bola no ar’, que acaba de ser difundido na TSF-Madeira.
O Nacional foi tema de conversa do programa deste domingo e o convidado foi Miguel Sousa que apontou todas as baterias ao mandato de Rui Alves, a quem acusou de não respeitar os sócios, nomeadamente de um fórum de debate nas redes sociais, a quem chamou de "atrasados mentais", acusou.
"Vou fazer a minha vida sem o Nacional, não tenho que me ocupar do Nacional, dei os contributos que quis e me pediram, fui vice-presidente do Nacional com o Dr. Nélio Mendonça, fui presidente-adjunto do Nacional com o mesmo, sou presidente da AG, cargo que nunca pedi, mas sou desde 2009 e acabou", atirou.
Agastado com toda esta situação que coloca o clube à beira de, novamente, descer de divisão, lamentou, por exemplo que o presidente tenha ignorado um plano em nome da sustentabilidade do clube. Um plano estratégico com 22 páginas "que é a minha visão do que deve ser a nossa estratégia para continuar com um 'Nacional Sustentável', que aconteça o que acontecer o clube continuará sempre. Entreguei o plano ao presidente e ele nunca me disse nada. O presidente da AG faz um documento com uma forma de ver o caminho e o futuro do Nacional, onde concluo que o erro (sair dos Barreiros) fará com que nunca possamos ser grandes do tamanho do rival (Marítimo) e isso é que me magoa", desabafou.
Por este andar ziguezagueante, Miguel Sousa entende que o Nacional fica mais ao nível do União do que do Marítimo, uma vez que corre o risco de perder subsídios se não sobe no primeiro ano após a descida de divisão.
Miguel Sousa também revelou que Rui Alves sai caro ao clube, cerca de meio milhão de euros ao longo do mandato. "Não há nenhuma empresa na Madeira que o seu chefe custe isto num mandato de 3 anos. Na Madeira seria uma coisa impensável, mas no Nacional é", reforçou.