Madeira

"Temos um poder central que governa prejudicando a Madeira"

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Paulo Neves disse esta quarta-feira, na Assembleia da República, que “a Madeira soube gerir, de forma exemplar, a pandemia, colocando, sempre e em primeiro lugar, a defesa da saúde pública mas sem nunca ter fechado a economia”, estratégia essa que, no seu entender, merecia outro reconhecimento e apoio nacional.

“Efectivamente, estamos a vencer e a ultrapassar esta crise graças a uma estratégia acertada que contou com a colaboração responsável de toda a população e que se tem materializado através de robustos apoios financeiros às famílias e às empresas mas, especialmente aos mais desfavorecidos”, vincou, numa oportunidade em que deixou claro que “todo este esforço e o sucesso que tem sido o combate e a contenção da Covid-19 na Região, assim como todas as políticas tendentes a garantir, nesta fase, a retoma, deviam ter sido alvo de outra atitude por parte do Estado”.

No entender do social-democrata, o Governo da República “não apoia e ainda prejudica a Região” e considerou serem “atitudes medíocres da extrema esquerda, da esquerda radical e de alguma esquerda socialista” em atacar “projectos estruturais para a Madeira, mas também para Portugal como é o caso do Centro Internacional de Negócios e do Registo de Navios”.

Refira-se que esta intervenção teve lugar aquando da apresentação e apoio à proposta de Lei da Assembleia Legislativa da Madeira, enviada à Assembleia da República, sobre o fim do bloqueio geográfico que discrimina os consumidores da Madeira e do Porto Santo nas compras on-line.

A este propósito, Paulo Neves reiterou “estarmos perante uma situação injusta que deve ser corrigida rapidamente”, afirmando que “o projecto de Lei vindo do Parlamento da Madeira é decisivo para pôr fim a esta inaceitável discriminação”.