Desporto

'Bolha' dos Europeus de natação adaptada prevê realização de 1.800 testes

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Uma equipa de 50 pessoas assegura a realização de 1.800 testes à covid-19 durante os Europeus de natação adaptada, que juntam cerca de 380 atletas no Funchal e estão a ser disputados num sistema de 'bolha', devido à pandemia.

"Devemos realizar cerca de 600 testes PCR e à volta de 1.200 antigénio, a todas as pessoas envolvidas no evento", disse à agência Lusa Paulo Falé, coordenador de emergência e do plano covid-19 da competição, acrescentando que todo o processo de testagem "envolve cerca de 50 pessoas, sobretudo da área da saúde e deverá ter custos a rondar os 100.000 euros".

Com o evento a ser disputado num sistema de 'bolha', entre dois hotéis e o Complexo de Piscinas Olímpicas do Funchal, todos os participantes foram obrigados a apresentar no aeroporto um teste PCR negativo, realizado até 72 antes da chegada à Madeira.

"Após a chegada ao Funchal, foi realizado um teste rápido para confirmar que entre a realização do primeiro teste e a chegada não houve infeção e só depois puderam entrar na 'bolha'", explica Paulo Falé.

Com a circulação limitada entre os hotéis e a piscina e apenas autorizada nas viaturas afetas ao evento, os participantes são ainda obrigados a realizar um teste PCR entre o quinto e o sétimo dia tendo em conta a data do primeiro.

Segundo Paulo Falé, "tem-se verificado casos muito esporádicos de incumprimento" à proibição de saída da 'bolha', que, segundo o plano, implicam uma penalização para toda a delegação.

"Se houver violação das regras, toda a delegação é penalizada e é interdita a todos os atletas no evento até serem apresentados resultados negativos", refere Paulo Falé, acrescentando que "os custos das novas testagens são suportados pelas respetivas delegações".

De acordo com o responsável, até ao terceiro dia de competição foi detetado "à chegada, um caso positivo, de uma nadadora estrangeira que está em isolamento no hotel e a fazer testagem e recolhas com periodicidade".

Os cerca de 400 voluntários do evento, que não estão incluídos no sistema de 'bolha', também são, de acordo com Paulo Falé, sujeitos a testagem regular.

A atual situação sanitária afeta o evento a vários níveis e, além de impedir a presença de público nas bancadas, proíbe os treinadores de acompanharem os treinos dos atletas, devido à taxa de ocupação de espaço na zona da piscina.

Paulo Falé, que em 2016 coordenou a área de emergência nos Europeus de natação adaptada disputados no Funchal, admite que a pandemia veio "obrigar a um trabalho completamente inesperado, que é preciso articular diretamente com o plano de emergência".

De acordo com o responsável, o plano de contingência do evento, o primeiro de grande dimensão na natação adaptada a ser realizado desde o início da pandemia de covid-19, "esteve em discussão com as autoridades competentes durante mais de um mês".

Adiada no ano passado devido à pandemia de covid-19, a competição, que decorre até sábado, junta no complexo de piscinas olímpicas do Funchal 380 atletas, entre os quais oito portugueses, de 47 países.

Os Europeus da natação adaptada, que em 2016 também se realizaram na Madeira, têm a categoria 'open', pelo que contarão com a presença de nadadores de todo o mundo, alguns ainda à procura de um lugar nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, que decorrerão entre 24 de agosto e 05 de setembro.