Sara Cerdas quer agricultura mais autossustentável na Madeira
No seguimento da 7.ª edição do Roteiro Geração Madeira, na Ponta do Sol, sob o tema 'Agricultura - agir local, pensar global', e após a auscultação dos problemas levantados pelos produtores e agricultores, Sara Cerdas dirigiu uma questão à Comissão Europeia sobre a necessidade de mecanismos que permitam aos agricultores locais competir, especialmente a nível de preços, com outros produtos importados para a Região.
“Este último Roteiro Geração Madeira foi importante para perceber no terreno quais as dificuldades sentidas pelos nossos agricultores e produtores. As regiões ultraperiféricas, como a Madeira, devido à sua posição insular e remota, e perante as diferentes adversidades, como catástrofes ou escassez de recursos, precisam de ser mais autossustentáveis do ponto de vista da cadeia alimentar e necessitam de recursos para alcançar esse fim”. Sara Cerdas
A eurodeputada do PS considera “injusto” que, por exemplo, a banana importada da América Latina tenha um preço mais competitivo do que a banana da Madeira. Em relação aos produtos cujo cultivo resulta em matéria prima, ou seja, em que é possível retirar derivados, afirma que “tendo em conta o valor-acrescentado das matérias primas produzidas e o elevado custo de produção/ decomposição dos mesmos em produto final, a Comissão Europeia deve incentivar os produtores regionais a competir de forma justa e ao mesmo nível que os exportadores de países terceiros, que muitas vezes apresentam preços mais competitivos aos consumidores finais”.
“Se por um lado falamos de uma questão de justiça, também falamos da necessidade de encurtar as cadeiras de distribuição a nível de reduzir as emissões que advêm do transporte destas matérias primas e ao mesmo tempo promover a economia circular. Através da estratégia do Prado ao Prato, parte integrante do Pacto Ecológico Europeu, urge alinhar os objectivos da União Europeia de acordo com as necessidades dos agricultores e com as especificidades de cada região". Sara Cerdas
Sara Cerdas refere-se aos esforços da UE para combater as alterações climáticas, atingir os objectivos 55% de redução dos Gases com Efeitos de Estufa até 2030 e a neutralidade climática até 2050.