Madeira

Greve dos Oficiais de Justiça com adesão de 90% na Madeira

Assista ao vídeo da greve dos Oficiais de Justiça, que começou hoje e prolonga-se até 17 de Junho

Paralisação diária terá duração de uma hora
Paralisação diária terá duração de uma hora

Paralisação diária dos Funcionários Judiciais terá duração de uma hora.

Em causa está a falta de revisão do estatuto profissional, remuneração desadequada e falta de pessoal.

A paralisação que teve início hoje à porta do Palácio da Justiça do Funchal, contou com a presença de Lília Sousa, secretária regional da Madeira do Sindicato dos Funcionários Judiciais e António Albuquerque, secretário nacional do Sindicato dos Funcionários Judiciais.

De acordo com a secretária regional, na Região existem cerca de 160 Oficiais de Justiça, a adesão a esta greve movimentou 90% destes trabalhadores. 

Para António Albuquerque, a principal lacuna nesta profissão está na falta de pessoal, “devido aos mais de mil oficiais de justiça em falta nos quadros dos tribunais do país, cada oficial de justiça trabalha, em média, uma hora a mais, que não é remunerada”.

Até 17 de Junho, os Funcionários Judiciais fazem uma paralisação diária das 10h às 11h, que corresponde às horas de trabalho excedentes de cada trabalhador. O intuito é mostrar que sem os Oficiais de Justiça, o tribunal não funciona. 

Lília Sousa explica que com esta greve, o sindicato pretende um "estatuto digno" da profissão. 

Fazer pressão sobre o Governo, pretendemos que o nosso estatuto seja revisto o mais rapidamente possível, mas também pretendemos que seja um estatuto digno da nossa carreira face ao elevado grau de complexidade das tarefas que nós desempenhamos no tribunal, porque somos um pilar fundamental para a justiça Lília Sousa, secretária regional da Madeira do SFJ

Um movimento que poderá causar alguns constrangimentos, mas que de acordo com o representante nacional do sindicato não pretende em nada prejudicar o cidadão: "nós não queremos prejudicar o cidadão porque nós trabalhamos em prol do cidadão".

Nós queremos um sistema de justiça público e universal, não queremos que haja politização da justiça, não queremos que haja desjudicialização, não queremos que haja privatização da justiça, porque aí quem sofre não somos só nós, oficiais de justiça, são todos os cidadãos e o próprio estado de direito democrático, que fica em causa. António Albuquerque, secretário nacional do SFJ