Ministros da União Europeia reúnem-se de emergência para debater o Médio Oriente
Número de mortos em Gaza aumenta para 174 após novos ataques
O chefe da diplomacia europeia convocou para terça-feira uma reunião de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) por videoconferência para discutir a escalada da violência entre Israel e palestinianos.
"Tendo em conta a escalada em curso entre Israel e a Palestina e o número inaceitável de vítimas civis, convoco uma videoconferência extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE para terça-feira", escreveu Josep Borrell na sua conta na rede social Twitter.
Segundo o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, os ministros irão "coordenar e discutir a maneira como a UE pode contribuir para pôr fim à violência atual".
A União Europeia diz que Borrell tem feito esforços diplomáticos "intensos" para tentar ajudar a apaziguar a tensão entre israelitas e palestinianos, com contactos com dirigentes de ambos os lados do conflito e com os principais diplomatas dos países vizinhos.
"A prioridade e a mensagem da UE neste contexto são claras: a violência deve parar imediatamente", disseram no sábado os serviços diplomáticos da UE em comunicado.
Os combates entre Israel e os palestinianos na Faixa de Gaza, os mais graves desde 2014, fizeram pelo menos 174 mortos em Gaza, incluindo 47 crianças, e outros 10 em Israel.
Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
Os 27 países da UE têm frequentemente dificuldades em encontrar uma posição comum sobre o conflito israelo-palestiniano, com países como a Alemanha, a Áustria ou a Eslovénia a apoiarem firmemente o direito de Israel a defender-se, enquanto outros exortam o Estado hebreu a demonstrar contenção.