Madeira

Digitalização da economia apresenta grandes benefícios para as regiões ultra-periféricas

Presidente do Governo considera que no digital a Madeira é tão competitiva como em qualquer parte do mundo

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Com uma carteira de clientes nos quatro cantos do mundo, nomeadamente “empresas mundialmente conhecidas” e entidades governamentais em países como Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e EUA, a empresa tecnológica Connecting Software Madeira, instalada no PEZO – Parque Empresarial da Zona Oeste, é um claro exemplo dos “muito bons resultados” da aposta do Governo Regional na captação de empresas ligadas à digital, destacou Miguel Albuquerque.

O presidente do Governo Regional da Madeira visitou esta sexta-feira a empresa com sede em Viena, Áustria, e que há três anos abriu escritório na Madeira, actualmente empregando cerca de duas dezenas de profissionais qualificados.

Depois da visita guiada por Thomas Berndorfer, empresário austro-germano, a mostrar a empresa internacional que actua no segmento da inter-acção de software, orientada para a chamada Indústria da Internet das Coisas, o presidente do Governo justificou a visita como oportunidade de “demonstrar que a Madeira está num processo de reconfiguração da sua economia”, ao reforçar que a “aposta na diversificação económica passa também por uma aposta nestas importantíssimas empresas digitais”.

Oportunidade para louvar o trabalho feito pela Universidade da Madeira – empresa emprega vários profissionais formados na UMa -, pela SDM e pela Startup Madeira, mas sobretudo registar que a presença na Região da Connecting Software “é uma consequência dessa aposta” e clara “demonstração que a digitalização da economia é um benefício para as regiões ultra-períféricas como a Madeira”, uma vez que o trabalho desenvolvido, independentemente da localização onde é executado, não tem fronteiras e por isso pode ser desenvolvido em qualquer parte do mundo porque “a competitividade é igual”. Razão para sublinhar que estas empresas representam “valor acrescentadíssimo para a nossa economia”.

Acompanhada do CEO da Connecting Software, Thomas Berndorfer, coube à madeirense Carina Faria fazer o ‘retrato’ da Connecting Software, empresa que aproveitou a existência do Centro Internacional de Negócios da Madeira, que apresenta vantagens fiscais competitivas para o desenvolvimento de negócios à escala internacional. Empresa que não só tem crescido e empregado jovens formados na UMa, mas também atraído para a Madeira especialistas internacionais no sector.

“Desenvolvemos software de integração. Funcionamos basicamente como um tradutor para software” tornando assim “os sistemas mais fáceis para as empresas, mais produtivos. Estamos cá para ajudar e trabalhamos da Madeira para o mundo”. Quando questionada sobre os países onde prestam serviços a partir da Madeira, a resposta é concludente: “Só não temos clientes na Antártida”.

Actualmente metade dos colaboradores da empresa desempenham funções a partir dos escritórios na Madeira. São cerca de 20, mas o desafio é mais do que duplicar e “chegar a 50, na Madeira, dentro de dois anos”. Com a empresa “a contratar constantemente”, Carina admite que o número de colaboradores possa atingir a centena em meia dúzia de anos.