Brasil supera 2.000 mortos pelo terceiro dia seguido e chega a 430 mil óbitos
O Brasil somou 2.383 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, o terceiro dia consecutivo em que ultrapassou a barreira dos dois mil óbitos, totalizando 430.417 vítimas mortais desde o início da pandemia.
Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico, divulgado hoje pelo Ministério da Saúde brasileiro, e que aponta ainda 74.592 novos casos de infeção nas últimas 24 horas, num total de 15.433.989 diagnósticos positivos de covid-19.
A taxa de incidência da doença no Brasil é hoje de 205 mortes e 7.344 casos por 100 mil habitantes e a taxa letalidade permanece em 2,8%.
O Brasil continua a ocupar a segunda posição mundial na lista de países com mais mortes, depois dos Estados Unidos, e a terceira com mais casos, antecedido também pela nação norte-americana e pela Índia.
Já a nível nacional, o Estado mais afetado do país é São Paulo que, desde a deteção do primeiro caso, em fevereiro do ano passado, concentra 3.053.889 casos de infeção e 102.934 vítimas mortais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do Brasil, autorizou hoje o uso de emergência de mais um medicamento contra a Covid-19 no país.
Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly do Brasil, o fármaco usa a combinação de dois anticorpos monoclonais: banlanivimabe e etesevimabe.
"Banlanivimabe e etesevimabe são anticorpos monoclonais, ou seja, substâncias produzidas em laboratório que, injetadas no organismo, atuam como todos os outros anticorpos presentes no corpo humano, identificando e neutralizando agentes invasores nocivos à saúde", explicou a Anvisa em comunicado.
A eficácia do medicamento foi atestada por um estudo clínico que apontou uma redução de 70% nos índices de "hospitalização relacionada à covid-19 e de óbitos por qualquer causa".
Administrados juntos, em dose única, banlanivimabe e etesevimabe são indicados para o tratamento da covid-19 nas formas leve a moderada, em adultos e crianças com 12 anos ou mais e que pesem pelo menos 40 quilogramas, segundo explicações do órgão regulador.
"Esses pacientes devem apresentar ainda alto risco de progressão da doença para a forma grave ou que possa levar à necessidade de internação. A associação não deve ser usada em pacientes que já estejam hospitalizados com Covid-19 ou que necessitem de oxigénio ou ventilação mecânica em seus tratamentos", frisa o comunicado.
O medicamento em causa não poderá ser adquirido em farmácias e a autorização da Anvisa restringe-se ao uso hospitalar.
Este é o terceiro medicamento aprovado pela agência brasileira. Em março, a Anvisa anunciou o registo do antiviral remdesivir. Já em abril, o Regn-CoV2, um coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe, foi aprovado para uso de emergência no país.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.333.603 mortos no mundo, resultantes de mais de 160,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.