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Presidente da República saúda trabalhadores dos supermercados como "heróis desta pandemia"

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Foto Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou hoje a "resistência inimaginável" do setor da distribuição, considerando que os seus trabalhadores foram também "heróis desta pandemia", depois dos profissionais de saúde e de outros serviços básicos.

"Foram à sua maneira, no dia-a-dia, heróis desta pandemia. Depois dos médicos, dos enfermeiros, do pessoal de saúde, da linha da frente, depois de muitos outros relativamente a serviços essenciais, básicos, também os repositores, os operadores de caixa, os vendedores, todos os trabalhadores desta fileira, acabaram por constituir uma outra retaguarda que assegurou que tudo o resto pudesse funcionar na normalidade possível", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava no encerramento da Conferência de Primavera da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) "Meeting the Future", numa mensagem em vídeo previamente gravada.

Na primeira parte da sua intervenção, o Presidente agradeceu a "resistência inimaginável" do setor e o "esforço e dedicação" daqueles que o integram durante a pandemia de covid-19, sublinhando que "nunca faltaram os bens essenciais nas prateleiras, e foi possível fazer contacto permanente com a produção, nomeadamente, com a produção portuguesa".

"Valorizar a produção nacional foi também essencial, por exemplo, para a agricultura, e absorver as quebras da procura externa no setor não alimentar. Apesar das circunstâncias negativas impostas, assistiu-se a uma flexibilidade no ajustamento aos diversos limites na migração para o comércio eletrónico", referiu.

Numa segunda parte da mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa falou do futuro, tema da conferência, considerando que "há que unir esforços, mesmo relativamente aos maiores concorrentes, que são todos partes de uma enorme e valiosíssima cadeia de valor" e "há que procurar, pela inovação, pela competitividade, antecipar, liderar a recuperação económica do país, de uma maneira sustentável".

Além da valorização da componente ambiental, com menos plástico e menos desperdício, o Presidente defendeu que é necessário "um sobressalto ético, nas relações comerciais com os produtores, nas relações laborais, valorizando os trabalhadores, as pessoas, formando, requalificando, atribuindo remunerações cada vez mais justas e motivadoras".