PS atento às situações de carência dos emigrantes na Venezuela
A deputada do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República, Marta Freitas, mostra-se preocupada com a situação de carência socioeconómica em que vivem muitos portugueses na Venezuela, tendo questionado hoje o Governo da República a este respeito.
Na audição ao ministro dos Negócios Estrangeiros, a parlamentar referiu que dada esta situação de instabilidade política e socioeconómica vivida na Venezuela, tem sido visível a crescente necessidade de regresso de emigrantes e seus familiares à Região Autónoma da Madeira. Tal como revelou, são vários os casos de nossos concidadãos que regressam à Madeira à procura de trabalho, tendo sido obrigados a deixar para trás alguns familiares, os quais tentam ir apoiando à distância, na medida do possível.
Marta Freitas aproveitou para questionar o que está a ser feito pelo Estado Português para apoiar os cidadãos portugueses que residem na Venezuela com fortes carências sócio-económicas, bem como para para saber o ponto da situação em relação aos apoios em sede de atos de proteção consular, como o Apoio Social a Emigrantes Carenciados das Comunidades Portuguesas e o Apoio Social a Idosos Carenciados das Comunidades Portuguesas. A parlamentar madeirense indagou também se tem aumentado o número de pedidos de apoio, bem como se têm existido mais solicitações de ajuda para consultas e fornecimento de medicamentos.
A deputada relevou ainda o papel que os movimentos associativos têm junto da comunidade portuguesa, constatando, no entanto, que a pandemia também teve impacto nestas coletividades ao nível da perda de receitas. Nesse sentido, perguntou qual o ponto de situação do reforço previsto pelo Governo para apoiar estes movimentos associativos.
Marta Freitas deu também conta que o ano passado foram identificados pela rede consular dezenas de cidadãos nacionais carenciados a residir no estrangeiro aos quais foi atribuído um apoio extraordinário na sequência da covid-19. Instou, por isso, o governante sobre o ponto da situação relativamente a este apoio, focando igualmente os emigrantes na Áfricado Sul, da parte de quais surgiu grande parte destas solicitações.
Em resposta, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, adiantou que a Venezuela é o segundo país onde é dado mais apoio aos movimentos associativos. Atendendo à complexidade do sistema de saúde e apoio social daquele país, a governante referiu que têm sido apoiadas diversas associações que trabalham em especial com os idosos e as crianças. Segundo afirmou tem havido um aumento das solicitações por parte dos emigrantes carenciados, sendo que o Executivo tem estado atento a estas situações, com especial enfoque nos cuidados de saúde.