Deputados franceses rejeitam passe sanitário
A Assembleia Nacional francesa rejeitou hoje o passe sanitário, que permitiria atestar que uma pessoa tinha sido recentemente testada e era negativa à covid-19 ou então que tinha tido o vírus há menos de dois meses.
Esta medida, que integrava o projeto de lei "gestão da saída da crise sanitária", visava permitir viajar e participar em grandes eventos, acelerando assim o calendário do desconfinamento em França.
A proposta foi rejeitada por 108 deputados contra 103, com o bloqueio a surgir do partido MoDem, que costuma acompanhar as principais linhas do Governo do partido do Presidente, Republique en Marche.
Os deputados já tinham ameaçado o bloqueio a esta medida, considerando que "não tinha havido diálogo" sobre este ponto.
Outros partidos à esquerda, como a France Insoumise consideraram que este artigo era "a medida mais coerciva e de controlo" desde o início da pandemia no país. Também os comunistas se mostraram contra.
Este projeto lei vai permitir ao Governo manter ou reintroduzir medidas de restrições sanitárias, como confinamento locais e reforço dos poderes da polícia, até, pelo menos, fim de outubro de 2021.
A próxima etapa acontecerá agora no Senado, para onde o texto alterado pela Assembleia Nacional deve ser enviado até 18 de maio.