Tutela conhece atrasos nos consulados e promete reforço da resposta
A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas está consciente das reclamações dos portugueses que solicitam serviços aos consulados na Europa, principalmente a falta de atendimento telefónico e respostas aos emails, e promete um reforço nos casos mais complicados.
"Estamos atentos às situações onde há maior tempo de espera e tentamos saber qual o motivo e estamos a reforçar com pessoas, até a situação estar resolvida", disse à agência Lusa, a propósito das queixas de emigrantes portugueses que precisam de tratar de documentação dos serviços consulares europeus.
O Reino Unido está identificado como um dos casos mais complicados, mas Berta Nunes disse que o Centro de Atendimento Consular (CAC) vai ser reforçado.
"Já fizemos dois reforços no CAC e vamos fazer outro reforço em maio para termos repostas rápidas aos emails e atendimentos telefónicos mais céleres", adiantou.
Ao mesmo tempo, prosseguiu, o Governo português está "a alargar o centro consular de Londres e Manchester, que funcionará ao sábado, para haver mais vagas e um agendamento mais rápido".
A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas sublinhou que "muitos destes problemas resultam da situação de pandemia".
Devido ao novo coronavírus, e às medidas com vista ao combate da pandemia, alguns consulados fecharam, apesar de os funcionários continuarem a trabalhar, mas sem um atendimento presencial.
"Depois, quando se começou a desconfinar, o atendimento foi condicionado e não foi possível o atendimento como antes da pandemia e essa situação está a causar algum impacto em alguns consulados, em particular no Reino Unido", disse.
Berta Nunes reitera a aposta do Governo português nas soluções digitais e de medidas como a que já está em vigor no Reino Unido e que permite o envio do cartão do cidadão para a residência do seu proprietário.
A Lusa contactou conselheiros das comunidades portuguesas na Alemanha, Bélgica, França, Reino Unido e Suíça que relataram tempos de espera e atrasos que têm dificultado a vida a estes portugueses e que levam alguns a resolver estes assuntos em Portugal e outros a ponderar optar pela nacionalidade do país de acolhimento, onde os serviços públicos são mais céleres.