Funchal 2027 produz documentário sobre insularidade e ultraperiferia
O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, acompanhado pela vereadora com o pelouro da Cultura, Madalena Nunes, marcou presença, esta manhã, na Quinta do Poço, para apresentação do projecto 'Solidão e Solitude', da autoria de Carolina Caldeira e Juliana Lee, e que fará parte da programação da candidatura do Funchal a Capital Europeia da Cultura em 2027.
Miguel Silva Gouveia, destacou, na ocasião, “o trabalho e o rasgo de criatividade destas jovens artistas e produtoras”, e demonstrou “grandes expectativas"
O edil funchalense lembrou que ainda quem desde o início da candidatura a Capital Europeia da Cultura, “a autarquia tem assumido a ambição de uma cidade ultraperiférica que quer sair vencedora deste projecto", apesar de "todas as condicionantes".
Quanto ao projecto 'Solidão e Solitude', este será concretizado através de um documentário sobre o impacto do isolamento, a diferença entre solidão e solitude, e o significado de insularidade.
O estudo de campo começou com uma viagem às Ilhas Desertas, em que Carolina Caldeira acompanhou durante 13 dias uma equipa de vigilantes da Natureza numa das suas estadias nestas ilhas desabitadas, onde recolheu impressões de grupo e individuais, sobre o impacto da solidão e a relação humana com a tecnologia.
A análise sobre a relação e dicotomia entre conexão e desconexão, presença e ausência, prosseguiu por parte das autoras, Carolina (nascida no Funchal) e Juliana (no Brasil), tendo então surgido a ideia de realizar um documentário em diferentes áreas da Madeira, mais e menos remotas, incluindo nas simbólicas Ilhas Selvagens, que administrativamente fazem parte da freguesia da Sé, no Funchal, onde as autoras vão realizar uma residência artística de duas semanas.