CMF não aceita cadáveres de animais e deixa associação em apuros
A ‘Associação Ajuda a Alimentar Cães’ denunciou, ontem, as dificuldades que está a ter com o destino dos cadáveres de animais que tem recolhido nos últimos dias, porque os serviços da Câmara Municipal do Funchal não os aceita e têm de pagar para os deixar em clínicas veterinária. “Hoje não fizemos resgates. Estivemos o dia inteiro com o corpo dos animais mortos na carrinha de um lado para o outro à procura de uma solução”, lê-se numa publicação feita ao final do dia de ontem nas redes sociais.
A mesma organização descreve que ontem os seus voluntários estiveram “várias horas em frente ao departamento do ambiente da Câmara Municipal do Funchal levando na traseira da carrinha o corpo de vários animais mortos”. São animais que foram encontrados doentes e feridos na via pública do Funchal e que a ‘Associação Ajuda a Alimentar Cães’ tentou salvar mas que acabaram por falecer. Foram ao Departamento do Ambiente da Câmara Municipal do Funchal a fim de os entregar, “tal pretensão foi recusada pela Drª Rubina, veterinária do Município”. “Apesar de termos explicado a nossa situação, fomos informadas de que seria feita uma participação contra a ‘Associação Ajuda a Alimentar Cães’ se deixássemos os corpos dos animais falecidos no Departamento do Ambiente”, denuncia a organização, que não tem donativos para pagar para estes corpos fiquem numa clínica veterinária”.
Os voluntários consideram que a posição do município não justa, desde logo porque “a Associação Ajuda a Alimentar Cães tem sido sobrecarregada de trabalho que deveria ser os municípios a realizar”. “Gastamos imenso dinheiro para proporcionarmos um fim digno aos animais, razão pela qual este serviço de transporte e tratamento dos cadáveres deveria ser gratuito para a nossa e todas as outras associações. O dinheiro assim gasto com a morte poderia, pelo contrário, ser usado, isso sim, para salvar vidas. Estes animais não são só nossos, são de todos, e por maioria de razão responsabilidade dos municípios, que nós ajudamos com o nosso serviço gratuito prestado à comunidade”, sublinha a organização.
A Associação finaliza com um agradecimento à
veterinária Tânia Freitas, da Clínica Biovetnatura, “que sem ter a
responsabilidade pelos animais recolhidos e falecidos no Funchal, mostrou
sensibilidade e amor pela causa ajudando-nos parcialmente na resolução deste
episódio”.
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