Músico de hip-hop DMX morreu aos 50 anos
O rapper DMX, uma das figuras mais sombrias do hip-hop devido ao rap feroz com que registava a violência urbana, morreu hoje num hospital nova-iorquino, após uma semana de hospitalização na sequência de um enfarte. Tinha 50 anos.
DMX, de verdadeiro nome Earl Simmons, era uma das grandes figuras do hip-hop dos anos 90 e início dos anos 2000, com temas como "X Gon' Give It To Ya" ou "Party Up".
"Earl era um lutador que se bateu até ao fim", disse a família em comunicado.
"Amava a família de todo o coração e nós valorizamos os momentos que passámos com ele (...) a sua música inspirou inúmeros admiradores no mundo ", acrescentou a família na nota.
"DMX era um artista brilhante e uma inspiração para milhões de jovens no mundo", sublinhou a Def Jam Recordings, editora que lançou muitos dos seus álbuns mais conhecidos. "Era um gigante", considerou a casa discográfica.
Nascido em Baltimore, a 18 de dezembro de 1970, cresceu com a mãe e os irmãos e irmãs no subúrbio norva-iorquino de Yonkers, onde era frequentemente espancado.
"Não tive propriamente infância ", confessou à revista Rolling Stone em 2000: "Foi sempre escuro e deprimente connosco".
Ganhou reputação de criança difícil, conhecido pelas explosões de raiva e passou boa parte da infância em casas de acolhimento.
Desde os 14 anos que passou períodos na prisão, cometeu vários roubos e teve problemas com drogas, que o acompanharam toda a vida, tendo realizado uma cura de desintoxicação em 2019.
Mesmo depois de célebre, continuou a ter problemas com a justiça, com acusações de posse de estupefacientes, maus tratos a animais, condução perigosa, não pagamento de pensão alimentar e fingiu mesmo ser um agente federal.
Em novembro de 2017, foi condenado por fraude fiscal, por impostos não entre 2000 e 2005.
Cumpriu um ano de prisão e teve de restituir 2,3 milhões de dólares.