Brasil leiloa 22 aeroportos regionais por quase 500 milhões de euros
O Governo brasileiro arrecadou 3,3 mil milhões de reais (499 milhões de euros) nas concessões de 22 aeroportos regionais, num leilão realizado hoje e que teve um excedente médio de 3.822,61% do valor mínimo para os lances, segundo o Ministério da Infraestrutura.
A empresa francesa Vinci e o grupo brasileiro CCR conquistaram as concessões para operar os aeroportos, que estavam divididos em três blocos respeitando critérios regionais.
O leilão foi o primeiro de uma série de concessões que serão realizadas pelo Governo brasileiro ao longo desta semana e que incluem também uma linha ferroviária e cinco terminais portuários.
A CCR venceu a licitação para operar os aeroportos do bloco central, composto por sete aeroportos: Goiânia, capital do estado de Goiás, Palmas, capital do Tocantins, Teresina, capital do Piauí, Petrolina, cidade de Pernambuco, e das cidades de São Luís e Imperatriz, do Maranhão.
A mesma empresa também venceu o bloco sul e comandará os aeroportos de Curitiba, capital do Paraná, Foz do Iguaçu e Londrina, também no Paraná, Navegantes e Joinville, em Santa Catarina, Bacacheri, Pelotas, Uruguaiana e Bagé, no Rio Grande do Sul.
A Vinci, por sua vez, adquiriu o bloco norte, que tem sete terminais e Manaus, capital regional do estado do Amazonas, como principal atrativo graças ao movimento gerado pela zona franca dessa cidade amazónica.
Além de pagar pelas concessões, os vencedores do leilão, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, comprometeram-se a investir um valor total de 6,1 mil milhões de reais (cerca de 914 milhões de euros) nos terminais.
A CCR prometeu pagar 2,1 mil milhões de reais (318 milhões de euros) no bloco sul, montente 1.534% maior do que o mínimo exigido pelo Governo brasileiro.
Pelo bloco central, a empresa brasileira pagará 754 milhões de reais (112 milhões de euros), valor que excedeu 9,156% o preço mínimo.
Por fim, a francesa Vinci, que só concorreu pelo bloco norte com o Consórcio Aerobrasil, vai pagar 420 milhões de reais (62 milhões de euros) para administrar o aeroporto de Manaus, Tabatinga, Tefé, cidades do Amazonas, Porto Velho, capital de Rondónia, Boa Vista, capital de Roraima, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, cidades do Acre.