Miguel Brito é cabeça de lista do PS no Porto Santo
O deputado do PS na Assembleia da Madeira Miguel Brito vai ser o cabeça de lista socialista à Câmara do Porto Santo, pretendendo dar voz aos que estão "cansados" e querem uma "alternativa credível" ao PSD.
"Esta é a minha estreia na qualidade de candidato ao órgão principal da autarquia do Porto Santo. Já tinha abraçado um projeto em 2017 para a Assembleia de Freguesia e, depois, em 2019, abracei o projeto da Assembleia Legislativa Regional", disse Miguel Brito à agência Lusa, confirmando assim a notícia já avançada pelo DIÁRIO a 22 de Fevereiro.
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Com 36 anos, este técnico de vendas de profissão, está filiado no PS desde 2013 e considerou ser este "o momento certo para dar continuidade à vontade generalizada da população em mudar a metodologia implementada pelo PSD na maneira de governar".
Segundo o cabeça de lista socialista, os residentes no Porto Santo "estão cansados e precisam de uma alternativa credível".
A ilha do Porto Santo, ao longo dos cerca de 40 anos de democracia, foi alternando a governação municipal entre o PS e o PSD.
Miguel Brito salientou ainda que a sua candidatura "não é contra ninguém, mas a favor do Porto Santo e tem como principal objetivo devolver o desenvolvimento social e económico à ilha de uma maneira mais sustentável".
Para o candidato, "até agora a política aplicada pelo PSD foi exaustiva de betão, sem pensar no futuro", mas focando-se apenas "no imediato", o que dotou o Porto Santo de "uma série de infraestruturas que não servem a população".
O projeto do PS para a Câmara do Porto Santo, que Miguel Brito admitiu estar "ainda está em embrião", terá como um dos "eixos prioritários" a educação, defendendo o candidato ser necessário "apostar na requalificação de recursos humanos, tanto na área pública como privada".
Para Miguel Brito, é também importante o turismo, "que sendo o sustentáculo económico do Porto Santo, é uma matéria em que o município" tem que ter "um papel interativo na gestão e organização do destino local".
Por isso, defendeu, é preciso "criar um estrutura de promoção turística local" que esteja em cooperação com as associações da ilha "para poder promover o destino de uma forma mais justa e equitativa".
Outro dos aspetos destacados pelo candidato socialista é a mobilidade, nomeadamente os transportes terrestres, considerando ser "uma área em que é urgente repensar o modelo e oferecer maior serviço, porque existem muitas queixas".
Quanto à habitação, Miguel Brito recordou que "existem pessoas que têm dificuldades em requalificar" as suas casas, defendendo ser "urgente criar um modelo de requalificação e reabilitação", além da criação de incentivos à aquisição da primeira casa para "os jovens que queiram regressar e fixar-se no Porto Santo".
"Estamos com confiança que vamos vencer estas eleições porque este é um projeto que dá continuidade à grande vontade que a população já mostrou nas Regionais de 2019", realçou.
O Porto Santo tem 42,17 quilómetros de superfície e uma população residente de 5.483 pessoas (segundo os Censos 2011), sendo conhecida pela sua praia de areia amarela fina com uma extensão de nove quilómetros.
O executivo municipal é composto por cinco elementos, dois do PSD, dois do PS e outro do Movimento Mais Porto Santo, e foi presidido nos últimos quatro anos pelo social-democrata Idalino Vasconcelos, um guia interprete e empresário do turismo que já anunciou que vai abandonar a vida política no final do mandato com duras criticas feitas à falta de apoio do partido.
As eleições autárquicas ainda não têm data marcada, mas por lei, têm de realizar-se em setembro ou outubro.