Ricardo Franco recandidata-se a terceiro mandato em Machico
O atual presidente da Câmara de Machico, o socialista Ricardo Franco, recandidata-se a um terceiro mandato naquele município madeirense com o objetivo para continuar a "política de proximidade" que imprimiu no concelho.
"Acima de tudo quero dar continuidade à política de proximidade na Câmara Municipal de Machico", declarou o autarca à agência Lusa.
Ricardo Franco, eleito nas autárquicas de 2013, salientou que esta postura acontece na "questão do atendimento e na abordagem dos problemas do dia a dia da população", exemplificando com a questão das acessibilidades, na qual "pequenas obras realizadas acabam sendo grandes intervenções para as pessoas residentes nesses locais".
O autarca destacou que, caso seja reeleito, vai continuar a apostar na política social, prosseguindo medidas que visam "reduzir o impacto nos orçamentos financeiros das famílias", enunciando que foram implementadas medidas como apoios aos estudantes universitários, o cartão de medicamentos para idosos, atribuição de manuais e material escolar aos alunos.
"Também queremos uma política de continuidade e contas certas, porque a Câmara de Machico conseguiu atingir a sua independência financeira", sublinhou Ricardo Franco, recordando que a autarquia conseguiu recuperar de uma "dívida herdada de 30 milhões de euros" da anterior vereação do PSD, que tinha apenas inscritas receitas inferiores a 9 milhões de euros.
O atual presidente do município salientou que foi implementada pelo atual executivo "uma política de rigor e contas certas" que permitiu colocar a dívida "abaixo dos 2 milhões de euros" e pagar faturas a fornecedores a "uma média/anual de seis dias e, em alguns meses, não ultrapassa os dois dias".
"Isto tem sido importante para a credibilidade do município de Machico", que ao longo de quatro décadas começou por ser governado pela UDP e viveu, depois, uma situação de alternância entre PS e PSD.
Com 50 anos, Ricardo Franco, que é militante do PS desde 1993 e foi funcionário parlamentar do partido, anunciou que aquela câmara está agora numa situação financeira que permite "apostar na rede viária urbana", passando de "uma intervenção de remediar para a repavimentação completa" das vias.
"Mas, tivemos tempos complicados no primeiro mandato e foi preciso muita resiliência e capacidade de trabalho para ultrapassar os problemas", sublinhou.
O candidato, que também pretende apostar na captação de investimento e na redução das taxas de impostos, defendeu ainda ser necessário contornar as "dificuldades criadas pela pandemia na criação das condições para os investidores virem para Machico".
O socialista ainda mencionou que o seu objetivo é continuar, depois da situação pandémica, a política de captação de realização de grandes eventos no concelho, que acabam por "criar riqueza e dinamizar o comércio e a localidade".
Continuar a reabilitação do património e dos espaços municipais, apoiar todas as entidades culturais, recreativas e de solidariedade social, além das juntas de freguesia, apostar reabilitação urbana das freguesias de Machico e Porto Moniz e dinamizar projetos estruturantes que potenciem investimento, sobretudo turístico, e contribuam para "alavancar a economia local, criem riqueza e fomentem emprego", foram outros objetivos protagonizados por Ricardo Franco.
A Câmara de Machico, no extremo leste da Madeira, tem um executivo municipal composto por cinco elementos do PS, fruto dos 58,61% de votos alcançados nas autárquicas de 2017 (6.901 votos) e dois do PSD que obteve 27,74% (3.266 votos).
Com uma superfície de 68,44 quilómetros quadrados, o concelho de Machico é composto pelas freguesias de Machico, Porto da Cruz, Caniçal, Água de Pena e Santo António da Serra, tendo uma população residente de 21.828 habitantes (Censos 2011).