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Facebook lança campanha contra a desinformação em África

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A rede social Facebook e a Organização Mundial da Saúde (OMS) vão lançar uma campanha para combater a desinformação sobre a pandemia e as vacinas contra a covid-19 em África, foi hoje anunciado.

"Hoje, em vários países africanos, o Facebook está a lançar uma nova campanha em parceria com a OMS intitulada 'Juntos contra a desinformação covid-19'", adiantou em comunicado a empresa de Mark Zuckerberg.

A campanha irá decorrer em inglês e francês na África do Sul, Zimbábue, Zâmbia, Uganda, Quénia, Ruanda, Nigéria, Senegal, Costa do Marfim e República Democrática do Congo, e irá surgir no Facebook através de uma série de gráficos com dicas sobre como detetar notícias falsas.

"Assegurar que os utilizadores estão a receber informação validada sobre as vacinas covid-19 é apenas um dos trabalhos que estamos a fazer no Facebook", disse Aïda Ndiaye, diretora de Políticas Públicas da empresa.

"Vamos continuar a trabalhar com especialistas da indústria e pessoas nas nossas plataformas para assegurar que estamos a combater agressivamente a desinformação, e a dar às pessoas recursos adicionais para escrutinar os conteúdos que veem online, ajudando-as a decidir o que ler, confiar e partilhar", acrescentou.

O escritório regional para África da OMS tem também em funcionamento desde fim de março a campanha "Viral Facts Africa", a primeira iniciativa africana para combater a desinformação "online" sobre saúde.

De acordo com a OMS África, a Viral Facts Africa vai aproveitar os conhecimentos e o alcance de uma rede de 14 organizações para combater a desinformação em torno da vacinação contra a covid-19.

A iniciativa prevê a verificação de factos de saúde, explicadores, desmistificação de falsas ideias e mensagens de literacia de desinformação que serão otimizadas para serem partilhadas no Facebook, Twitter e Instagram.

"As falsas alegações podem espalhar-se mais rapidamente do que a própria covid-19, muitas vezes porque são simples, visuais e exploram as nossas emoções", defendeu durante o lançamento a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.

Por isso, prosseguiu, a "'Viral Facts África' visa desmascarar rapidamente os mitos e ajudar as pessoas a separar os factos que salvam vidas".

Informação sobre covid-19 foi partilhada e vista mais de 16 mil milhões de vezes e mencionada mais de 6 milhões de vezes no Twitter e em sites de notícias na Internet entre novembro de 2020 e março de 2021 nos 47 países da região Africana da OMS, segundo o UN Global Pulse, a iniciativa global do secretário-geral das Nações Unidas sobre grandes dados e inteligência artificial.

Do mesmo modo, na região africana da OMS, as menções às vacinas aumentaram mais de 300%, para mais de 675 000 entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, em comparação com os dois meses anteriores.

Durante a fase de testes, os serviços da Viral Facts Africa foram vistos mais de 20 milhões de vezes nos meios de comunicação social.

Os serviços estão abertos a qualquer pessoa e disponíveis em inglês e francês, estando prevista a inclusão de mais línguas.

A Viral Facts Africa faz parte da África Infodemic Response Alliance (AIRA), uma rede da OMS, que coordena ações e reúne recursos para combater a desinformação sobre pandemia de covid-19 e outras emergências de saúde em África.