Miguel Oliveira foi 15.º em Doha, na corrida do MotoGP mais competitiva de sempre
O piloto português Miguel Oliveira (KTM) terminou hoje na 15.ª posição o Grande Prémio de Doha de MotoGP, segunda das 19 provas do Mundial de motociclismo de velocidade, no qual soma quatro pontos.
Oliveira terminou as 22 voltas ao traçado de Losail a 8,928 segundos do vencedor, o francês Fabio Quartararo (Yamaha), que juntamente com o compatriota Johann Zarco (Ducati), segundo, a 1,457, permitiu que pela primeira vez dois franceses terminassem nas duas primeiras posições na categoria rainha. O espanhol Jorge Martin (Ducati), que partiu da 'pole position, terminou no terceiro posto, a 1,500 segundos.
A segunda corrida de 2021 no circuito de Losail, depois de a primeira ter sido vencida pelo espanhol Maverick Viñales (Yamaha), foi a prova mais competitiva de sempre, com a mais curta distância entre os 15 primeiros classificados na história do campeonato. Miguel Oliveira até começou bem, fazendo o melhor arranque do pelotão ao saltar do 12.º lugar da grelha de partida para o terceiro lugar na primeira curva.
Ao contrário do que aconteceu na semana passada, hoje o português optou por um pneu de composto de dureza média para a frente da sua KTM em vez do macio utilizado há uma semana na ronda de abertura. No entanto, voltou a sentir as mesmas dificuldades em manter a temperatura ótima de utilização do pneu, perdendo diversas posições com o decorrer da prova. Na sexta das 22 voltas, o piloto de Almada já estava na sétima posição, 'caindo' para 10.º uma volta mais tarde, até se fixar, na 16.ª volta, na 15.ª posição em que concluiu a corrida.
Quartararo, que chegou a ser nono nas quarta e quinta voltas, era oitavo à 11.ª passagem pela meta. A partir daí, começou a recuperação, chegando à liderança a quatro voltas do final, superando o espanhol Jorge Martin, que comandava desde o arranque, 'cavando' uma diferença de cerca de meio segundo, com Johann Zarco a chegar à segunda posição na derradeira volta.
Com estes resultados, Zarco assumiu a liderança do campeonato, com 40 pontos, mais quatro do que a dupla da Yamaha, Fabio Quartararo e o espanhol Maverick Viñales. Já Miguel Oliveira baixou uma posição, para 14.º, com quatro pontos, os mesmos que os italianos Valentino Rossi e Franco Morbidelli, ambos em Yamaha.
Nas Moto2, o triunfo sorriu novamente ao britânico Sam Lowes (Kalex), que já tinha vencido a primeira prova da temporada. Mas seria a vitória do espanhol Pedro Acosto (KTM) em Moto3 a destacar-se, aos 16 anos, tendo chegado ao triunfo depois de ter sido o último a partir e da via das boxes, terminando com 39 milésimos de segundo de vantagem sobre o sul-africano Darryn Binder (Honda).
O Grande Prémio de Portugal vai ser a próxima prova do Mundial, em 18 de abril, em Portimão, onde Miguel Oliveira venceu a corrida em 2020.