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Líder do PCP diz que o clima de medo da pandemia serve apenas a agenda da exploração

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O secretário-geral do PCP afirmou hoje, em Almada, que o clima de medo, provocado pela pandemia, serve apenas as agendas da exploração" e defendeu que "o país precisa é de apoio efetivo à retoma de atividades em segurança".

  "A difusão do clima de medo (...) será útil para quem aspira a ter campo aberto às suas agendas de exploração, o elogio ao isolamento, o idolatrar do distanciamento social, os exercícios de culpabilização de comportamentos individuais", disse Jerónimo de Sousa.

  O líder comunista, que falava na apresentação da candidatura de Maria das Dores Meira à Câmara de Almada, considerou haver todo um "arsenal ideológico apresentado com candura protetora" face à pandemia de covid-19, mas que "não serve seguramente a vida e a vida com direitos, nem a resposta que, mesmo no plano da saúde, se impõe".

  "Não basta que se anuncie que o estado de emergência -- contra o qual reiterada e fundamentadamente nos opusemos -- não será renovado. O que é preciso é que as restrições a direitos, à vida e às atividades não se mantenham com recurso a outras figuras", sublinhou.

  "O que é preciso é responder à situação atual enfrentando problemas acumulados, fazê-lo rompendo com a política de direita que está na sua origem, encetar um rumo de recuperação abrindo caminho ao desenvolvimento e progresso social com uma outra política, uma política alternativa patriótica e de esquerda", acrescentou.

 Sobre a candidatura da CDU à presidência da Câmara de Almada, Jerónimo de Sousa, depois de tecer duras críticas à atual gestão socialista, disse que "Maria das Dores Meira transporta consigo o valor indesmentível de uma obra feita em Setúbal" e afirmou-se convicto de que "o trabalho, a honestidade e a competência têm hora marcada para voltar a marcar presença na autarquia de Almada".

 "Quatro anos de gestão PS sobraram para ver como Almada andou para trás na sua vida cultural e popular, nas condições de trabalho e nos direitos dos trabalhadores da autarquia, no apoio ao movimento associativo e às dezenas de coletividades que são a seiva da vida social e coletiva deste concelho", disse Jerónimo de Sousa que criticou também uma alegada perda na qualidade do serviço público.

  "Muita propaganda, muita promessa na linha do que o PS nos habitua, mas pouco ou nada feito quando não o inverso do prometido", frisou.

  Por sua vez, a candidata da CDU a Almada, a par das promessas de promover e qualificar a oferta de transportes públicos, prometeu também empenhar-se na expansão da rede do metro de superfície até a Costa da Caparica e ao Seixal.

  Perante centenas de apoiantes da CDU, que encheram a Praça da Liberdade, em Almada, Maria das Dores Meira prometeu ainda lutar pela "retirada do Metro da zona de superfície do centro de Almada, para que passe a circular debaixo de terra", mas reconheceu que se trata de uma tarefa difícil e para vários mandatos.