Pessoas abaixo dos 60 anos podem optar sobre 2.ª dose da AstraZeneca
A Direção-Geral da Saúde (DGS) admite que utentes abaixo dos 60 anos vacinados com a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 podem receber a segunda dose ou esperar por informações sobre a combinação com outra vacina.
"As pessoas com menos de 60 anos de idade podem: fazer uma segunda dose de Vaxzevria [novo nome dado à AstraZeneca], com um intervalo de 12 semanas após a primeira dose, de acordo com a atual recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou aguardar que sejam conhecidos novos dados relativamente à utilização de uma vacina de outra marca, para completar o esquema vacinal", refere a norma 003/2021 hoje atualizada pela DGS.
"Esta decisão deve ser informada, livre e esclarecida, após leitura de folheto informativo que ficará oportunamente disponível", acrescenta ainda o documento disponível no 'site' oficial da instituição dirigida por Graça Freitas.
Na norma agora revista é recordada a ocorrência de fenómenos trombóticos nos 14 dias após a vacinação e que esta foi recomendada, após a avaliação risco-benefício entretanto realizada pela Agência Europeia do Medicamento, a pessoas com idade superior a 60 anos.
A agência europeia fez na semana passada uma segunda atualização sobre as suas orientações em relação a esta vacina, na qual recomendou que as pessoas que tinham sido inoculadas com a primeira dose deveriam completar o esquema vacinal com a segunda dose, já que nesse momento havia "informação limitada" sobre a possibilidade de combinar com outra das vacinas disponíveis.
Porém, a DGS é clara em relação ao esquema vacinal dos utentes com idade superior a 60 anos, para os quais recomenda a toma da segunda dose da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford com um intervalo de 12 semanas após a primeira dose.
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, comentou já hoje a atualização da norma por parte da DGS para reafirmar que Portugal segue as recomendações das organizações internacionais, nomeadamente da Agência Europeia do Medicamento, e "está preparado para fazer todos os ajustes do plano em articulação com aquilo que são as orientações das organizações internacionais".
Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.033 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.