Madeira

“É gravíssimo o que se está a passar no Funchal em termos de habitação”

Madalena Nunes fala em “chaga social” o problema da habitação social no Funchal

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O problema da habitação social no Funchal aqueceu a discussão em torno da proposta da Minuta do contrato-programa a celebrar com a SocioHabitafunchal E.M.

A vereadora Madalena Nunes classificou de “chaga social” a questão da habitação social, para concluir que “é gravíssimo o que se está a passar no Funchal em termos de habitação social”.

Fez saber que o outrora anunciado hotel social “continua na estratégia municipal de habitação social”, por entender que “o trabalho político hoje, faz-se a olhar para o futuro”.

A autarca da Coligação Confiança, que antes tinha sido visada numa intervenção de Raquel Coelho (PTP), por estar de saída no final do mandato, lembrou que “a política não se herda de pais para filhos”, respondendo assim a Raquel Coelho. Fez mesmo questão de sublinhar que “não há coisa mais bonita do que simplesmente ser professora ou ser cidadã ou cidadão”, arrancando aplausos da bancada com os eleitos do PS, BE, PDR e Nós Cidadãos.

“Quase roçava o auto-elogio” foi a conclusão de João Paulo Marques, do PSD, que lembrou em tom irónico que “o último professor que saiu desta sala – Paulo Cafôfo – também disse que ia dar aulas”.

Mais a sério, revelou supresa ao concluir “afinal o hotel social não existe. Era uma hipótese”. Criticou por isso o executivo municipal de ter “muita estratégia e pouca obra” ao lembrar que “o papel não dá telhado a ninguém”.

Mas para o PSD “a única conta que interessa em termos de habitação social” foi saber das cerca de 3.700 pessoas em lista de espera para questionar Madalena Nunes “quantas pessoas saíram da lista de espera nos últimos 7 anos”.

“Cerca de 200 pessoas” foi a resposta da autarca. Que não deixou de registar que “agora querem que a CMF resolva os problemas da Região” por aquilo que “a IHM não faz”.

A “troca de galhardetes” em torno do debate onde o foco foi “ver não quem mais fez, mas quem menos fez”, foi criticada por Herlanda Amado, da CDU. Que não deixou de chamar a atenção do plenário que “o que interessa são as pessoas”.

A proposta de Minuta do contrato-programa a celebrar com a SocioHabitafunchal E.M. continua a ser discutida pela Assembleia Municipal do Funchal, reunida em sessão extraordinária.