Madeira

Prémio Literário João Augusto Ornelas avaliado por três júris

O Prémio Literário João Augusto d’Ornelas é uma homenagem à memória do escritor câmara-lobense do século XIX. Os trabalhos para o concurso devem ser apresentados até 19 de Julho

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Francisco Fernandes, ex-secretário da Educação, Naidea Nunes, docente da Universidade da Madeira e Lília Mata, jornalista da Antena 1 Madeira compõem o júri do concurso Prémio Literário João Augusto d’Ornelas, organizado pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos.

Este concurso, explica a autarquia, tenciona dar a conhecer o escritor e estimular o gosto pela leitura e escrita e " defender e valorizar a língua portuguesa; promover e incentivar a criação literária".

O conto em prosa é o estilo escolhido, entre 20 e 25 páginas, com tema livre. "Deve estar patente no enredo, directa ou indirectamente, no mínimo, uma alusão às vinhas e/ou vinho Madeira, cuja cultura é uma marca da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos. As obras concorrentes deverão ser entregues em mão ou via correio, na Câmara Municipal de Câmara de Lobos, até 19 de Julho do presente ano", escreve a CMCL em comunicadO.

O vencedor leva para casa 1.500 euros e a autarquia admite que podem ser também até duas menções honrosas. Os trabalhos vencedores serão também editados em livro. 

Os prémios dos trabalhos vencedores da 1.ª edição vão ser entregues durante uma sessão cultural pública, em Câmara de Lobos, marcada para 4 de Outubro.  

Quem foi João Augusto d’Ornelas?

Prestigiado escritor madeirense, João Augusto d´Ornelas (24/8/1833-11/7/1886) nasceu no Estreito de Câmara de Lobos e estudou no liceu do Funchal. Quando estava em pleno vigor e em grande laboração intelectual foi atacado por uma paralisia que o forçou a passar a maior parte da vida numa cadeira. Tornou-se sócio fundador da Associação de Beneficência do Funchal e apoiava, através do seu jornal, várias instituições de beneficência, como o Asilo da Mendicidade e Órfãos, a cuja comissão administrativa pertenceu. Começou a sua atividade profissional como aprendiz de tipógrafo no jornal O Arquivista e n’A Ordem, e foi redator do jornal O Direito. Mais tarde, foi correspondente do Jornal do Comércio, de Lisboa, e do Comércio do Porto. Começou a publicar em jornais literários, tendo alcançado notoriedade com inúmeros folhetins divulgados na imprensa, com romances editados sob o signo do Romantismo. Além de ter escrito alguma poesia, destacou-se nas letras madeirenses com a publicação de vários romances e novelas, sendo “A Mão de Sangue” a sua obra mais conhecida, prefaciada por Camilo Castelo Branco.

O regulamento para participação no Prémio Literário João Augusto d’Ornelas, poderá ser consultado no sitio institucional do Município de Câmara de Lobos, na internet no site na CMCL.