Grande desfile para trasladação de 22 múmias em carruagens pelas ruas do Cairo
Um grupo de 22 múmias de reis e rainhas do Império Novo (séculos XVI -- XI antes de Cristo) é hoje transladado do Museu Egípcio, no centro do Cairo, para o Museu da Civilização, nos arredores da capital egípcia.
As autoridades egípcias preparam para hoje à noite um grande evento, durante o qual o trânsito vai ser cortado no centro do Cairo para o "grande desfile" passar com carros puxados por cavalos da era faraónica.
Batizado de "desfile de ouro", o percurso das múmias é acompanhado com luzes, música e "uma decoração espetacular".
A segurança também foi reforçada na Praça Tahrir, por onde as múmias passarão desde o Museu Egípcio, localizado ao norte da praça, até à sua saída triunfal por um grande arco, que as conduzirá às margens do Nilo.
A diretora-geral da organização das Nações Unidas, para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, chegou na sexta-feira ao Egito para participar do evento que, segundo uma nota, "marca o fim de muito trabalho para melhorar a conservação e exposição" das múmias, que vão ter uma galeria especial no recém-reformado e moderno Museu Nacional da Civilização Egípcia, na cidade de Fustat.
A maioria das múmias pertence à 18.ª Dinastia (1550-1295 antes de Cristo), entre as quais se destaca Hatshepsut, primeira mulher faraó do Egito antigo a reinar como homem, com toda a autoridade do faraó.
A acompanhar também vão estar o pai, Tutmosis I, marido e enteado, Tutmosis III, assim como três outras rainhas da mesma dinastia: Tiy, Meritamun e Ahmose-Nefertari.
Haverá ainda cinco múmias da Dinastia XIX (1295-1186 antes de Cristo), incluindo a do conhecido Rei Ramsés II, além de Ramsés III, IV, V, VI e IX, todos eles governantes da XX Dinastia (1186-1069 antes de Cristo).
As 22 múmias foram encontradas no final do século XIX na necrópole de Deir al Bahari e no Vale dos Reis, ambas localizadas na cidade de Luxor, no sul do Egito, onde a maioria dos túmulos e tesouros dos faraós foram descobertos.