Madeira

Petição a favor da reposição da 'fonte do calhau' na Calheta

No centro da imagem é visível a antiga fonte junto à praia, na marginal da Calheta. Foto DR
No centro da imagem é visível a antiga fonte junto à praia, na marginal da Calheta. Foto DR

Sofia Canha foi a promotora de uma petição pública que reivindica a reposição da antiga 'Fonte do Calhau' ou 'Bica', na vila da Calheta. A petição está disponível na plataforma 'PetiçãoPública (https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=FontedoCalhau) e conta, para já, com pouco mais de uma dezena de assinaturas. 

Ao DIÁRIO, a candidata à Câmara daquele concelho referiu que esta iniciativa poderá "servir para perceber como é que a população da Calheta vê este assunto, podendo, no futuro, originar outras iniciativas". 

No texto que acompanha a petição podemos ler que "aquando da realização da obra de alargamento da marginal da Vila da Calheta, nos anos 90, foi redireccionada uma saída de água de nascente, que constituía a popularmente denominada 'fonte do calhau' ou 'Bica', e retiradas as pedras de cantaria que davam o enquadramento à fonte."

Podemos, ainda, ler que "a nascente desta fonte chegou a alimentar uma fábrica de refrigerantes existente naquela localização. Os barcos de pesca locais e os vindos de Câmara de Lobos abasteciam-se todos os dias daquela água. A água canalizada nas casas de cada um dos habitantes da Vila e zona baixa do Lombo do Doutor praticamente não existia e era ali que se abasteciam usando púcaras em barro. A fonte representa um pouco da história das gentes da Calheta e deve ser respeitada".

Ora, "a população estava à espera que a fonte fosse reposta depois das obras, assim como fossem colocadas as pedras de cantaria que lhe faziam a moldura", mas como tal não aconteceu muitos foram os desagradados. "Consta que alguém se apropriou desse bem público e, se o fez sem consentimento, devem ser retiradas responsabilidades" é referido.

Por estes motivos, "os peticionários exigem que seja reconstruída a fonte ou bica do calhau, numa localização o mais aproximada possível do local de origem e sejam repostas as pedras de cantaria originais". 

Sofia Canha diz que esta fonte, mesmo não sendo a água alvo de monitorização, era património público, devendo, por isso, ser preservada. Por perceber que este não era um assunto encerrado para muitas pessoas, revolveu lançar esta petição, que espera venha a trazer para a ordem do dia esta temática.