"Os apoios da CMF só chegam porque estamos em ano eleitoral"
Declarações da vereadora social-democrata Joana Silva
Os vereadores social-democratas à Câmara do Funchal criticam a postura da autarquia e acreditam que "os apoios da CMF só chegam porque estamos em ano eleitoral". Joana Silva disse que "na reunião de hoje, confirmou-se, mais uma vez, que este executivo rege toda a sua atuação em função do calendário eleitoral que tem por cumprir e, não, em função das necessidades e expectativas dos nossos Munícipes, algo que o PSD lamenta, tanto mais quando estão em causa fragilidades sociais que foram agravadas e agudizadas por falta de acção e de capacidade de resposta desta Câmara".
Funchal investe 1,9 milhões de euros nos apoios sociais às famílias este ano
A Câmara Municipal do Funchal aprovou, esta tarde, em reunião de Câmara, um reforço de 1,9 milhões de euros em apoios sociais destinados às famílias.
O PSD, no final da reunião de Câmara, considera que ficou evidente “o desnorte e a falta de planeamento de um presidente que quis à força contratar um empréstimo de cinco milhões de euros para fazer face à covid-19, que nunca explicou onde é que ia investir ou atribuir esses apoios e que continua sem explicar ou sem saber o que vai fazer com esse dinheiro, mesmo sabendo que há famílias e empresas que desesperam há mais de um ano por ajuda”.
Joana Silva considera estes apoios “avulsos, pouco criteriosos e tardios” e faz questão de sublinhar que a CMF deixou agudizar as necessidades sentidas, tanto pelas famílias quanto pelas empresas funchalenses, ao longo deste último ano, para, agora, resolvê-las apenas e tão só por motivações eleitorais.
“É evidente que o PSD repudia que se use, desta forma, os munícipes do Funchal e repudia, a este e a todos os níveis, esta forma de fazer política”, atira a vereadora, lembrando que," pelo contrário, o seu partido apresentou, desde a primeira hora, soluções para os problemas assim que surgiram, soluções essas que, infelizmente, foram sucessivamente chumbadas e ignoradas, para prejuízo da população”.
Por fim, frisa a necessidade de os funchalenses saberem com o que podem contar, “uma vez que já esperaram mais de um ano para ver qualquer ajuda materializada”. A vereadora remata afirmando desconhecer que medidas é que o Executivo Municipal pretende realizar com o empréstimo contraído para fazer face ao covid-19. “Seria importante que houvesse um planeamento e que esse planeamento fosse do conhecimento de todos os partidos, porque, caso contrário, é legítimo questionar se tais verbas serão destinadas realmente a ajudar quem mais precisa ou a reforçar, ainda mais, a propaganda política do presidente da Câmara”, vincou.