Moderna espera produzir três mil milhões de vacinas em 2022
O laboratório americano Moderna anunciou hoje a intenção de investir no processo de fabricação para conseguir produzir três mil milhões de doses da vacina contra o covid-19, em 2022.
A empresa que desenvolveu uma vacina com base na tecnologia RNA como a Pfizer/BioNTech fez uma revisão em alta das expectativas para 2021 e diz agora, em comunicado, poder fornecer entre 800 milhões e mil milhões de doses durante 2021.
Em concreto, a Moderna destaca a intenção de investir nas instalações do grupo em Lonza, Suíça, um dos pontos de maior produção da indústria farmacêutica.
No que respeita à Moderna, já tinha sido aprovada em março uma nova linha de enchimento de produtos acabados, em Rovi, Espanha, que vai ser sincronizada com o processo de expansão de substâncias.
Os montantes envolvidos nas operações anunciadas pela empresa não foram divulgados.
"Vemos o vírus a espalhar-se rapidamente, vemos que o vírus está em mutação, estamos a ver novas variantes (...) Temos de assumir a liderança para estarmos prontos, se necessário, para uma terceira dose", disse hoje o diretor da Moderna para a Europa, Dan Staner, em entrevista à cadeia pública suíça RTS 1.
Os investimentos vão começar a ser aplicados no final de 2021 e no princípio do próximo ano.
A fábrica de Lonza, comunicou, entretanto que vai instalar três novas linhas de produção suplementares em Viège, no cantão suíço de Valais, para duplicar a produção de substâncias destinadas ao fabrico da vacina Moderna.
No princípio da semana, a farmacêutica francesa Sanofi, que está a desenvolver uma vacina própria anunciou que pretende produzir 200 milhões de doses do composto da Moderna contra o covid-19, para dar resposta aos pedidos de vários países.
Para o efeito, a Sanofi vai envolver a infraestrutura que detém nos Estados Unidos (New Jersey) ao serviço da biotecnologia a partir do mês de setembro.
???????A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.