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Índia ultrapassa 18 milhões de infecções após novo máximo diário

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A Índia registou um novo recorde mundial de contágios, com 379.257 casos nas últimas 24 horas, ultrapassando os 18 milhões de infeções desde o início da pandemia.

Nas últimas 24 horas, a Índia contabilizou ainda mais 3.645 mortes, um novo máximo no país.

Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia está a braços com um surto devastador, registando recordes diários em seis dos últimos sete dias.

A explosão do número de casos, atribuída a uma variante do vírus detetada na Índia e a comícios eleitorais e festivais religiosos em grande escala, sobrecarregou os hospitais, onde faltam camas, medicamentos e oxigénio.

Desde o início da pandemia, a Índia acumulou 204.832 óbitos e mais de 18,3 milhões de infeções, sendo o segundo país do mundo com mais casos, atrás dos Estados Unidos, e o quarto com mais óbitos, depois dos EUA, Brasil e México.

O país, que administrou até agora cerca de 150 milhões de vacinas contra a covid-19, vai alargar a vacinação a partir de sábado a todos os adultos, o que significa que mais 600 milhões de pessoas serão elegíveis.

Na terça-feira, o professor universitário Gautam Menon, especialista em modelos de previsão da pandemia, disse à Lusa que a Índia só deverá atingir o pico da segunda vaga "em meados de maio", podendo atingir os 500 mil casos diários.

"A situação atual é muito grave e a positividade dos testes é de mais de 20%, por isso já há uma grande transmissão comunitária, que não parece provável que baixe no curto prazo", disse o professor de Física e Biologia da Universidade Ashoka, na cidade de Sonipat, a 40 quilómetros de Nova Deli.

"A maioria dos modelos sugere que os casos vão continuar a aumentar e que o pico será provavelmente em meados de maio", antecipou, prevendo que o número de casos "deva chegar aos 400 a 500 mil" por dia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.