Empresa de Braga integra jovens provenientes do campo de refugiados da Grécia
Uma empresa do grupo dst, de Braga, vai ser palco de um programa-piloto para capacitar jovens provenientes do campo de refugiados na Grécia, abrindo-lhes maiores oportunidades de obtenção de emprego, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a dst acrescenta que o programa-piloto será desenvolvido ao abrigo de um protocolo de cooperação hoje assinado com a Cruz Vermelha Portuguesa (delegação de Braga) e o Alto Comissariado para as Migrações.
O programa destina-se a jovens com idade superior a 16 anos, numa iniciativa de capacitação para promover maiores oportunidades de obtenção de emprego, melhorando a sua vida e integração na comunidade.
Os jovens terão, assim, oportunidade de adquirirem competência e experiência direta na empresa, em contexto de trabalho.
Os 10 jovens que integrarão este projeto-piloto encontram-se desde outubro de 2020 em Vila Verde, numa casa residencial de acolhimento especializado para crianças e jovens estrangeiros não acompanhados, provenientes do campo de refugiados na Grécia.
A casa é da responsabilidade da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa e resulta do compromisso então assumido pelo Estado Português com a Grécia, perante a Comissão Europeia.
O programa, que decorre durante um ano, arranca já no próximo dia 10 de maio, com um horário de 20 horas semanais, distribuídas diariamente pelo período da tarde (dias úteis) entre as 14:00 e as 18.00.
Os jovens participantes têm idades compreendidas entre os 16 e os 18 anos, com proveniências geográficas diversas, nomeadamente Bangladesh, Congo, Egito, Gâmbia, Mali, Paquistão e Síria.
"Com a celebração deste protocolo, é assim reforçado o propósito de proporcionar um acolhimento digno, seguro e de bem-estar e de promover a autonomização daqueles jovens por via da inclusão escolar e profissional", sublinha o comunicado.
A construtora do grupo liderado por José Teixeira vai acolher na sede da empresa os jovens estudantes e concederá um donativo à Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, como contribuição pecuniária, no valor de 438 euros por cada um dos participantes que integre o programa-piloto.
Este valor reverterá na sua totalidade para os jovens.
A par disso, a empresa facultará aos jovens os conhecimentos técnicos, administrativos e a assistência que considerar necessários para a prossecução e realização de sucesso desta iniciativa, oferecendo ainda seguro de acidentes pessoais e também transporte e refeições aos jovens participantes, nos dias em que se encontrem em execução de funções.
"A dst solicitou previamente que os jovens fossem auscultados em matéria de interesses, de forma a enquadrá-los em profissões de que gostassem, nomeadamente nas áreas de metalomecânica, alumínios nos revestimentos e fachadas, mobiliário de madeira, eletricidade e avac", diz ainda o comunicado.