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Fenprof contabiliza mais de 300 professores por vacinar e ainda sem agendamento

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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) denunciou hoje que há pelo menos 320 docentes e não docentes que não foram vacinados contra a covid-19 e que não receberam ainda informação relativa ao agendamento, exigindo que a situação seja corrigida.

Entre o pré-escolar e o ensino secundário, a estrutura sindical já contabilizou 320 trabalhadores de diferentes agrupamentos, além do Agrupamento de Escolas (AE) do Restelo, onde, segundo a Fenprof, todos os docentes do 1.º ciclo estão à espera de receber a vacina contra a covid-19.

Em comunicado, os representantes dos professores destacam também o AE Anselmo de Andrade, em Almada, onde há 130 profissionais por vacinar, o AE Rainha Santa Isabel, em Coimbra, com 44, o AE Afonso III, em Faro, com 30, e outros seis agrupamentos em que a vacinação ainda não chegou a todos.

"Muitos outros professores e educadores ficaram por vacinar sem, até hoje, terem sido contactados, em Braga, no Porto, em Castelo Branco, em Lisboa, no Alentejo ou no Algarve", acrescenta a Fenprof, referindo que, por isso, vai lançar uma plataforma para fazer um levantamento da situação.

De acordo com a 'task-force' responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19, os profissionais do ensino que, por algum motivo, não tivessem sido convocados para nenhum dos dias em que decorreu o processo, nos fins de semana de 27 e 28 de março e 17 e 18 de abril, seriam integrados em datas futuras.

No entanto, a Fenprof denuncia agora que muitos profissionais ainda não receberam qualquer informação relativa ao agendamento, apesar de terem alertado para a situação.

"Ninguém parece saber o que se passa", sublinha a estrutura sindical, relatando que alguns professores contactaram as escolas, a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), os serviços regionais de saúde e até a linha SNS24, mas sem conseguir esclarecer a situação.

"A origem do problema, em alguns casos, terá sido o incorreto preenchimento de dados, mas quando isso aconteceu, as escolas, de imediato, fizeram as devidas correções, de acordo com as instruções que receberam, voltando a lançar os nomes em plataforma criada para o efeito", explica, acrescentando que "o que se passa não se sabe, mas os professores estão preocupados".

No mesmo comunicado, a Fenprof afirma que a situação coloca em casa o combate à pandemia da covid-19, considerando indispensável o seu esclarecimento e resolução, para que o processo de vacinação dos docentes seja concluído, sem que alguns sejam "esquecidos" ou excluídos"".

"Se o que se pretende é transmitir rigor neste combate à pandemia, e as escolas são espaços importantes desse processo, tudo deverá funcionar de forma transparente, competente, rigorosa e não de uma forma que denota falta de articulação e/ou entendimento entre os responsáveis da Educação e da Saúde", acrescenta.

Por outro lado, a estrutura sindical sublinha ainda que, de modo geral, os professores aderiram desde início, à vacinação contra a covid-19, que era, aliás, uma reivindicação da maioria das organizações representativas da comunidade escolar.

O primeiro exercício de vacinação do pessoal das escolas decorreu no fim de semana de 27 e 28 de março, em que foram vacinados mais de 60 mil professores e não docentes do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino público e privado.

No fim de semana de 17 e 18 de abril foi a vez dos trabalhadores das escolas do 2.º ciclo ao ensino secundário, incluindo também alguns profissionais do pré-escolar e 1.º ciclo que não tinham sido chamados para as primeiras datas. Nesses dois dias, foram administradas 183 mil vacinas.