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Mais 1.139 mortos e 28.636 infectados nas últimas 24 horas no Brasil

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O Brasil somou 1.139 mortos e 28.636 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 391.936 óbitos e 14.369.423 infeções desde o início da pandemia, informou hoje o executivo.

Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde brasileiro, que dá conta de uma taxa de incidência da doença no país de 187 mortes e 6.838 casos por 100 mil habitantes.

Tal como vem acontecendo desde o início da pandemia, os números reportados durante os fins de semana e segundas-feiras acabam por ser inferiores aos registados na semana imediatamente anterior devido à falta de recursos humanos para testar e recolher os dados, sendo que estes acabam por ser consolidados às terças-feiras, segundo explicações da própria tutela.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, continua a ser um dos países mais atingidos pela pandemia em todo o mundo, ocupando a segunda posição mundial na lista de nações com maior número absoluto de vítimas mortais e a terceira com mais casos de infeção.

Geograficamente, São Paulo é o foco da pandemia no país, com 2.838.233 diagnósticos de covid-19, sendo seguido por Minas Gerais (1.325.022), Rio Grande do Sul (949.965) e Paraná (931.343).

Já as unidades federativas que concentram mais óbitos são São Paulo (92.798), Rio de Janeiro (42.927), Minas Gerais (32.414) e Rio Grande do Sul (24.266).

Faltando apenas um dia para arrancar a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigará, no Senado, alegadas omissões do Governo brasileiro no combate à pandemia, o Presidente, Jair Bolsonaro, negou hoje qualquer preocupação com as apurações de que será alvo.

"Não estou preocupado porque não devemos nada", afirmou Bolsonaro em declarações à imprensa local, no Estado da Bahia, onde voltou a criticar governadores e prefeitos por decretarem medidas de isolamento social para travar a disseminação do vírus.

Questionado se usaria as Forças Armadas para impedir os governadores de adotarem medidas restritivas, Bolsonaro ameaçou: "Não estiquem a corda mais do que está esticada".

"[Os governadores] estão seguindo o artigo quinto da Constituição? Está sendo respeitado o direito de ir e vir, o direito de a pessoa ter um emprego, ocupar o tempo para exercitar a sua fé? É só ver se isso está sendo respeitado ou não", afirmou o mandatário.

"É inconcebível os direitos que alguns prefeitos e governadores tiveram por parte do Supremo Tribunal Federal. É inconcebível. Nem estado de sítio tem isso", criticou Bolsonaro, que desde o início da pandemia defende a reabertura económica e o fim do isolamento social.

Tendo em conta esses posicionamentos por parte do chefe de Estado, além de outras situação graves registadas no país, como a falta de oxigénio nos hospitais de Manaus, foi instaurada uma CPI para investigar alegas omissões do Governo na pandemia, assim como eventuais usos irregulares de verbas destinadas ao combate à doença em Estados e municípios.

A criação da CPI é um novo revés para o Governo de Bolsonaro, que desde o início da pandemia minimizou a gravidade da covid-19, a qual classificou de "gripezinha", continua a censurar a adoção de medidas de isolamento social e chegou a pôr em dúvida a eficácia das máscaras.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.109.991 mortos no mundo, resultantes de mais de 147 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.