Irão ultrapassa 70 mil mortes e bate novo recorde diário de óbitos
O Irão, o país do Médio Oriente mais afetado pelo novo coronavírus, ultrapassou a barreira das 70.000 mortes associadas à covid-19, tendo registado, nas últimas 24 horas, um novo recorde diário de óbitos, 496, indicam os dados oficiais iranianos.
Segundo os dados do Ministério da Saúde iraniano, a pandemia já provocou 70.070 mortes entre os mais de 2.417.230 casos registados, números agravados desde fins de março passado por uma nova vaga da doença, a quarta, ainda mais violenta que as precedentes.
A quarta vaga desencadeou-se na sequência das festividades do novo ano persa, a 20 de março.
Nas últimas 24 horas, o Irão contabilizou 496 mortes associadas à covid-19, um novo recorde, ultrapassando as 486 registadas a 16 de novembro de 2020, bem como 21.026 novos casos, estando cerca de 5.000 internados em unidades de cuidados intensivos.
Segundo as autoridades sanitárias locais, os dados oficiais da pandemia estão "largamente subavaliados" em relação à realidade.
Mais de 300 cidades iranianas, entre elas Teerão, estão na "zona vermelha", o risco epidemiológico mais elevado, o que implicou, a 10 deste mês, o encerramento de todas as atividades comerciais "não essenciais".
Face à epidemia, o Irão nunca impôs um confinamento generalizado aos cerca de 82 milhões de habitantes, nem à escala de uma só região ou até cidade.
Tal como noutros países, o Irão está a contar com a vacinação para sair da crise sanitária, mas a campanha de vacinação, iniciada no princípio de fevereiro, está a avançar mais lentamente do que o desejado pelas autoridades.
Segundo o Ministério da Saúde iraniano, o Irão administrou mais de 824.000 doses de vacinas desde que começou a campanha de vacinação.
As autoridades de Teerão estão também a aguardar pela produção de uma ou mais vacinas desenvolvidas localmente.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.109.991 mortos no mundo, resultantes de mais de 147 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.