Eleições Autárquicas Madeira

Olga Fernandes quer tirar Ribeira Brava da "inércia" e da "situação de definhamento"

A professora e deputada é a candidata do PS às próximas autárquicas

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Foto Facebook Olga Fernandes

A deputada regional do PS/Madeira Olga Fernandes encabeça pela primeira vez uma candidatura à presidência da Câmara da Ribeira Brava e diz que vai lutar para tirar o concelho da "inércia" e da situação de definhamento .

"O concelho da Ribeira Brava está a definhar e é urgente uma mudança", declarou a candidata socialista à agência Lusa.

No entender desta professora, há 26 anos na escola secundária deste município na zona oeste da Madeira, "a Ribeira Brava como está, não pode continuar" e precisa "sair desta inércia".

Preconizando "ser importante uma mudança" na Câmara Municipal daquela localidade", atualmente governada por Ricardo Nascimento, do Movimento Ribeira Brava Primeiro(RB1), Olga Fernandes afirmou que aceitou "este desafio, com humildade, ao serviço da população, depois de muito refletir" e porque tem "um grande grupo de apoiantes que incentivam nesta causa".

Olga Fernandes prometeu "trabalhar com todo o afinco" e "determinação", sempre "na defesa de tudo o que é necessário para a Ribeira Brava, sem subserviências, incutindo maior dinamismo à economia local e apoiando fortemente as famílias".

"É o que é preciso fazer face às dificuldades que todos estão a viver nesta pandemia" de covid-19, sustentou, considerando "que se pode fazer mais e melhor, com mais criatividade e dinamismo".

Questionada sobre os principais objetivos da candidatura, respondeu que passam por "ganhar a câmara e as juntas" a que o PS concorre "para melhorar a vida de todos os ribeira-bravenses e dar outra dinâmica ao concelho".

"Precisamos de mudança, de ideias modernas e rejuvenescedoras", sublinhou, assegurando estar "confiante" num bom resultado eleitoral.

Entre as suas prioridades, enunciou o "combate ao desemprego, criação de iniciativas de solidariedade para com os mais desfavorecidos, a procura de melhoria das condições de vida das pessoas, uma atenção especial com a promoção de habitação condigna para todos".

Olga Fernandas apontou ainda a necessidade de um "melhor desenvolvimento social e bem-estar da população", a resolução dos problemas de água e saneamento básico, "uma maior atenção ao ambiente e aos recursos naturais do concelho e, inevitavelmente, ajudar o comércio do concelho".

"São tantos os problemas a resolver que eu e toda a minha equipa teremos de arregaçar as mangas desde o primeiro dia", frisou.

Olga Fernandes criticou ainda "as promessas em vão" e "a falta de execução de vários projetos que tanto fazem falta à população e que são tão desejados" naquele concelho.

"Neste momento, em vésperas de eleições, assiste-se a uma correria desenfreada na construção de caminhos, como nunca antes se viu" no concelho, disse.

A candidata considerou ainda que, com a atual vereação, "o apoio social fica muito a desejar, nem mesmo no que concerne ao apoio à reabilitação de habitações de famílias carenciadas", lamentando igualmente o facto de a recuperação de espaços de interesse turístico ser "baixa".

Olga Fernandes destacou também como prioridades a criação de emprego, apoio aos comerciantes e aos agricultores, incentivo ao emprego jovem, censurando a atual vereação por "nem em altura de pandemia ter tido em consideração a possibilidade" de redução de taxas para os comerciantes como forma de os ajudar a recuperarem os negócios.

Olga Fernandes entrou para a vida política a convite do líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, nas regionais de 2019, tendo sido eleita deputada na Assembleia da Madeira.

O concelho da Ribeira Brava integra as freguesias do Campanário, Ribeira Brava, Serra de Água e Tábua, nas quais residem 13.375 pessoas (de acordo com os censos 2011).

Nas últimas autárquicas, o executivo camarário, que sempre tinha estado nas mãos do PSD, passou a ser governado por um movimento de cidadãos, sendo composto por sete elementos, quatro do Ribeira Brava Primeira (RB1) e três do PSD.

O atual presidente da autarquia já tem o apoio declarado do PSD e CDS-PP à recandidatura, embora ainda não a tenha anunciado.

A data das eleições ainda não está marcada, mas por lei terão de realizar-se entre setembro ou outubro.