Madeira

Dinheiro do PRR não chega às autarquias da Madeira e obriga a endividamento no Funchal

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O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, lamentou hoje o "modelo fechado do Governo Regional" relativamente à aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na Madeira.

De acordo com o autarca, que interveio nas jornadas parlamentares do PS-Madeira por videoconferência, o poder local na Região "tem sido muito pouco" e considerou que o executivo madeirense deveria ter criado uma entidade ou comissão "que fizesse a gestão dos fundos" do PRR e onde os próprios presidentes de câmara "assumissem um papel preponderante".

Ao afirmar que a atitude leva a crer que o Governo quer "brincar com os madeirenses", Miguel Silva Gouveia defendeu a abertura do plano a candidaturas de empresas que contribuíssem para a aplicação do PRR, na Madeira, o que não se sucedeu. E deu exemplos.

Miguel Silva Gouveia recordou a questão da água e do braço-de-ferro com a ARM, criticando o facto do munícipio ter sido obrigado a recorrer à banca para cumprir com um dos desígnios plasmados no PRR, neste caso a visão ambiental e a tentativa de estancar as perdas de água. "Apontam-nos como os responsáveis, mas não ajudam", atirou.

Além disso, a habitação social também é uma das áreas que a autarquia tenta desenvolver sem apoios do Governo Regional, e novamente recorrendo a instituições financeiras.