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Chega diz que faltou a Marcelo "apontar o dedo" aos fracassos do país

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O Chega considerou hoje que o Presidente da República, apesar da mensagem importante sobre um "consenso histórico" a propósito do 25 de Abril, falhou em não apontar ao dedo aos erros na pandemia e demais fracassos do país.

À saída da sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril de 1974, que decorreu no parlamento, o deputado único e presidente do Chega, André Ventura, considerou "particularmente importante" que Marcelo Rebelo de Sousa, no seu discurso, tenha pedido que "se faça uma espécie de consenso histórico e não um revisionismo histórico sobretudo sobre o império colonial".

"Foi uma mensagem que notei de diferente em relação ao ano passado e que o Presidente da República percebe um pouco o conflito que estamos a viver entre aqueles que acham que a nossa história deve ser simplesmente apelidada de triste, de exploradora e de trágica e os outros que acham que foi tudo bem feito", enfatizou, enaltecendo ainda que Marcelo Rebelo de Sousa tenha apelado "a uma espécie de consenso geracional" sobre a revolução de 1974.

No entanto, para André Ventura, "continuou a faltar o apontar ao dedo" do chefe de Estado aquilo em que Portugal tem falhado "sobretudo no combate da pandemia, aos apoios, às famílias, às empresas, ao setor da cultura".

"Continuou a falhar apontar o dedo aquilo em que temos fracassado. Essa foi a falha na nossa perspetiva do Presidente da República quando veio falar sobre o 25 de Abril", criticou.

Para o deputado do Chega, "se o 25 de Abril é motor de desenvolvimento, de prosperidade", hoje era o dia para Marcelo Rebelo de Sousa "confrontar o Governo, o parlamento, Portugal com as tantas falhas" que tem tido na falta de apoio às pessoas.

"Este discurso, tendo tocado em pontos importantes, continua a falhar naquilo que é o essencial da mensagem que hoje deveria ser passada que é: sim senhor, houve o 25 de Abril, houve esperança e houve liberdade, mas agora é o momento de começarmos a pensar em apoiar verdadeiramente os portugueses porque não há liberdade sem desenvolvimento e sem prosperidade e essa foi a mensagem que falhou do Presidente da República", sintetizou.