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América Central sofre nova vaga e exige mais vacinas

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Metade dos países da América Central enfrenta uma nova vaga de covid-19, com os países a reclamar por um acesso equitativo e mais rápido às vacinas, ao mesmo tempo que registam um aumento de novos casos.

A Guatemala e as Honduras registam um crescimento no número de novas infeções do novo coronavírus, com a Costa Rica a atingir um número recorde de pessoas nas unidades de cuidados intensivos (UCI).

O Panamá apresenta um "controlo" da pandemia após uma "segunda vaga" no final de 2020, com El Salvador a mostrar números estáveis de novos casos, enquanto a Nicarágua revela um número muito baixo de casos positivos e mortes que são refutados por uma rede de médicos voluntários, que apontam para um cenário mais grave.

Estes seis países centro-americanos, com cerca de 48,5 milhões de habitantes, acumulam quase 1,1 milhões de casos confirmados de covid-19 e 23.450 mortes em pouco mais de um ano de pandemia, de acordo com dados oficiais.

A Costa Rica tem 277 do total de 316 camas da UCI ocupadas, o máximo atingido desde o início da pandemia, com ao Guatemala a declarar um alerta vermelho na sua rede hospitalar e as Honduras na iminência de decretar novas restrições e confinamentos para conter a pandemia no país.

O Panamá, com 361.678 casos acumulados e 6.196 mortes, considera a pandemia controlada após as medidas implantadas no final de 2020, segundo o diretor da Região Metropolitana de Saúde, Israel Cedeño.

O chefe do Ministério da Saúde de El Salvador, Francisco Alabí, disse esta semana que no país há uma "estabilidade" de infeções, com valores registados entre os 130 e 174 casos por dia, com "uma redução da mortalidade" e 70% de camas hospitalares disponíveis.

Vários líderes dos países da América Central aproveitaram a XXVII Cimeira Ibero-Americana, realizada quarta-feira em Andorra, para apelar a um acesso equitativo às vacinas, para que os processos de imunização não sejam comprometidos na região.