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Regulador britânico de saúde defende benefícios da vacina da AstraZeneca

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O regulador britânico de saúde defendeu hoje que os benefícios da vacina da AstraZeneca superam os riscos, adiantando ter identificado 168 casos de coágulos sanguíneos entre os 21,2 milhões de pessoas que receberam essa vacina anti-covid-19.

De acordo com os dados hoje divulgados, que anaisam a situação até 14 de abril, 32 dessas pessoas morreram.

A taxa de incidência é, portanto, de 7,9 casos de coágulos por milhão de doses e os dados sugerem uma taxa maior em adultos mais jovens, referiu o regulador, sublinhando que estes elementos devem ser levados em consideração no uso dessa vacina.

O comité científico que supervisiona a campanha de vacinação britânica recomendou, no início de abril, limitar, sempre que possível, o uso da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 30 anos.

O receio provocado pela deteção de casos raros de coágulos sanguíneos em pessoas a que foi administrada esta vacina levaram vários países europeus a limitar o fármaco desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório anglo-sueco às faixas mais velhas da população.

Os casos de coágulos no Reino Unido afetaram 93 mulheres e 75 homens com idades entre os 18 e os 93 anos, um dos quais após ter recebido a segunda dose da vacina.

Este aumento do número de casos "era esperado", disse o professor da Universidade de Bristol Adam Finn, citado pela organização Science Media Centre.

Salientando que tanto o público como as equipas de enfermagem já estão conscientes dessa síndrome, Adam Finn referiu que "os casos são assinalados de forma fiável e rápida" e que alguns "que aconteceram anteriormente já foram reconhecidos e igualmente assinalados".

O especialista sublinhou, no entanto, que os coágulos "vão continuar a ser um evento muito raro".

Com o maior número de mortos na Europa - mais de 127.000 pessoas - o Reino Unido desenvolveu uma campanha de vacinação em massa, estando atualmente a usar as vacinas da AstraZeneca, da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.060.859 mortos no mundo, resultantes de mais de 143,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.