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Açores terminam primeira fase de vacinação no final de Abril

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Todas as pessoas incluídas na primeira fase do plano de vacinação contra a covid-19 nos Açores estarão vacinadas até ao final da próxima semana, informou hoje o diretor regional da Saúde.

"Até ao final do mês de abril, na próxima semana, todas as pessoas que se inserem no primeiro grupo de vacinação irão ficar vacinadas. Estamos aqui a falar de alguns grupos profissionais prioritários, mas, em particular, pessoas com mais de 75 anos e as pessoas com mais de 50 anos com patologias prioritárias", afirmou hoje Berto Cabral.

O responsável pela Autoridade de Saúde Regional adiantou ainda que, no final desta semana, os Açores terão "uma taxa de cobertura vacinal das pessoas com mais de 75 anos de praticamente 80%".

Berto Cabral falava hoje, em Angra do Heroísmo, durante a conferência de imprensa semanal sobre a evolução na região da pandemia de covid-19.

Segundo o responsável, no arquipélago foram já administradas um "total de 69.887 doses" da vacina contra a covid-19, "sendo que 49.477 correspondem a primeiras doses, 24,42% da taxa de cobertura, e a segunda dose com 20.410, que corresponde a 10,08% de taxa de cobertura".

A região recebeu, durante esta semana, cerca de 17 mil doses da vacina da Pfizer e receberá na próxima semana mais 10 mil doses da vacina da AstraZeneca.

O diretor regional ressalvou, contudo, que o objetivo de terminar a primeira fase de vacinação na próxima semana, "a não ser cumprido", terá que ver com "o facto de haver algumas pessoas que não estão contactáveis", deixando um "apelo às pessoas que ainda não foram contactadas, que têm mais de 75 anos e que pretendem ser vacinadas, que entrem em contacto com os centros de saúde da sua área de residência".

Para a segunda fase, o Plano de Vacinação da região será alterado, em linha com o que aconteceu a nível nacional, passando a incluir outras patologias.

Assim, "a partir do mês de maio, pessoas com trissomia 21 com mais de 16 anos que ainda não foram vacinadas passarão a ser contactadas para a vacinação e todas as pessoas com idade entre 74 e 16 anos, por faixas etárias decrescentes, também serão chamadas, priorizando os utentes [...] de um grupo de patologias".

Fazem parte desse grupo pessoas com "neoplasias malignas ativas, transplantados, pessoas que fazem imunossupressores, um conjunto de doenças neurológicas, algumas doenças mentais, pessoas portadoras de doença hepática crónica, a diabetes, a obesidade, a doença cardiovascular [...], insuficiência renal crónica, doença pulmonar crónica e outras doenças com menor expressão, nomeadamente doenças lisossomais".

Berto Cabral esclareceu ainda que os Açores vão manter os hipertensos no grupo prioritário, ao contrário do que foi definido pela Direção-Geral de Saúde, porque as "ilhas dos Açores não se encontram exatamente no mesmo momento de vacinação".

"Há ilhas em que hipertensos já foram vacinados e, por uma questão de igualdade de tratamento a todos os cidadãos açorianos", a região vai "manter os portadores desta patologia como prioritários na segunda fase da vacinação", explicou.

Os Açores têm 306 casos ativos de covid-19, sendo 291 em São Miguel, sete na Terceira, sete em Santa Maria e um nas Flores.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados 4.755 casos de covid-19 nos Açores, tendo recuperado da doença 4.298 pessoas e falecido 31.

A ilha de São Miguel mantém-se em alto risco de contágio, mantendo-se em vigor todas as medidas de contenção para este nível, nomeadamente o recolher obrigatório entre as 20:00 as 05:00 durante a semana, e entre as 15:00 e as 05:00 ao fim de semana.

As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados em relação à pandemia, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.060.859 mortos no mundo, resultantes de mais de 143,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.956 pessoas dos 832.891 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.