Morte de Violeta no Campo da Barca, um caso com 20 anos
No Canal Memória de hoje, reveja as notícias do DIÁRIO de 22 de Abril de 2001
Há exactamente 20 anos, o DIÁRIO noticiou o caso da morte de Violeta, uma pessoa transgénero que faleceu na sequência de uma queda do terraço do auto-silo do Campo da Barca. Caiu de uma altura aproximada de cinco metros. O seu corpo foi levantado da estrada pelos Bombeiros Voluntários Madeirenses. A vítima encontrava-se politraumatizada, com graves ferimentos e fractura no crânio.
Na altura colocaram-se duas hipóteses para explicar a causa do sucedido: queda acidental ou homicídio. Havia testemunhas nas redondezas que garantiam que teria sido alvo de agressões. O corpo foi levado para a morgue do Hospital da Cruz de Carvalho para ser autopsiado.
Hoje, 20 anos depois, o DIÁRIO procurou saber, junto de diversas entidades, as conclusões da investigação, mas sem sucesso. Sabe-se, contudo, que não houve nenhum julgamento relacionado com o caso. Por outro lado, a ter havido crime de homicídio, o mesmo já não poderá ser investigado ou julgado, pois prescreve ao fim de 15 anos.
Violeta, de 37 anos, foi registada com o nome de Rui Alberto Jesus França. Mas apresentava-se socialmente como uma pessoa transgénero. O seu percurso de vida foi algo problemático. A reportagem assinada há 20 anos pelo jornalista José Ribeiro avançava alguns aspectos: a vítima “vivia naquelas proximidades, mais precisamente numa barraca de madeira da Travessa do Matadouro (...) já não tem pais, vivia só, mas os que (...) conheceram de perto garantem que vivem alguns seus familiares e padrinhos algures, na Penteada”.
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