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Espanha alarga quarentena a viajantes oriundos de Brasil, Peru e Colômbia

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Foto EPA

A Espanha estendeu a quarentena obrigatória para passageiros procedentes de Brasil, Peru e Colômbia, além dos nove países africanos que já estavam previstos, a fim de evitar a disseminação de novas variantes do coronavírus.

A medida vai vigorar durante os próximos 15 dias, até 19 abril, segundo o despacho do Ministério da Saúde publicado hoje no Diário Oficial do Estado.

As pessoas que cheguem de avião oriundos dos aeroportos daqueles três países sul-americanos - Brasil, Peru e Colômbia -, assim como de África do Sul, Botswana, União das Comores, Gana, Quénia, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia ou Zimbabwe devem permanecer em quarentena durante os 10 dias seguintes à sua chegada ou durante toda a sua estada em Espanha, caso seja inferior a esse período.

A quarentena "só pode ser suspensa no sétimo dia se a pessoa fizer um teste diagnóstico de infeção ativa com resultado negativo", lê-se no despacho citado pela agência de notícias espanhola EFE.

"Permanecem as preocupações com os efeitos das variantes brasileira e sul-africana, tanto no que se refere ao impacto devido à maior transmissibilidade, ao risco de reinfecções e possível diminuição da eficácia da vacina, quanto à extensão para os países vizinhos", especifica o documento.

Durante o período de quarentena, quem chega a Espanha daqueles países deve permanecer nas suas casas ou num alojamento, sendo limitado o contacto com outras pessoas.

O diploma define ainda que estes viajantes têm de restringir as suas viagens ao essencial, ou seja, apenas para comprar alimentos, produtos farmacêuticos e necessidades básicas e para assistência aos centros de saúde ou causas de força maior.

A Espanha registou já mais de 3,2 milhões de casos de infeção com o vírus que provoca a covid-19 e 75.459 mortes devido à doença.

A nível global, a pandemia de covid-19 provocou mais de 2,8 milhões de mortos, em quase 130 milhões de casos de infeção.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-CoV-2) detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.