Falta de jeito?
A Madeira foi abanada por dois acontecimentos graves simultâneos. Uma imagem nada promotora da qualidade natural do arquipélago, da forma charmosa de receber os visitantes, do clima ameno todo o ano, do mar infinitamente maior que a terra, entre outros super trunfos que de forma nenhuma se descobrem no grafismo eleito para apresentar as duas ilhas. Quem com ele for confrontado perderá todo o tempo a decifrar a denominação posta a descobrir. Porque de retirar qualquer ideia de pérola do atlântico daquele ‘puzzle’ é algo de impossível. Certamente não é dirigido aos turistas repetentes mas, porventura, a um turista que nunca antes escolheu passar cá as suas férias. Aquela não é, pelo menos, a Madeira humanista de João Carlos Abreu.
O segundo abanão é a dúvida fundada sobre a trapalhada que parece ser o financiamento do CDS. Ou é ou não é legal, cabendo à justiça o sua sentença. Até lá são todos inocentes. O actual líder centrista não tem imagem com credibilidade mínima para acompanhar Albuquerque. Não podem estar lado a lado. Agora ficou nas lonas. E deixa o CDS à beira do fim. Quem for de direita não vota num partido que põe tudo de lado para estar no governo com quem sempre criticou. Faz certamente opção pela atitude, muitas vezes radicalizada, mas nunca duvidosa, de novos partidos. Uma coisa é certa: nem a Madeira muda por causa de um logótipo estapafúrdio, nem o CDS volta a ter mínima credibilidade por mais que Albuquerque o aguente.
Carlos Ramalho