Itália regista 8.800 novos casos e debate reabertura de escolas
A Itália registou 8.864 novas infecções e 316 mortes com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, enquanto instituições de ensino, governos regionais e sindicatos debatem o regresso ao ensino presencial na próxima segunda-feira.
O número de novos casos representa uma diminuição de 3.830, quando comparados com 12.694 no domingo, embora o número de testes também tenha sido muito menor.
As mortes com covid-19, por outro lado, aumentaram de 251 para 316, elevando o número total de mortes para 117.243 desde o início da crise sanitária na Itália, em fevereiro do ano passado, com um total 3.878.994 infeções.
A pressão hospitalar permanece estável, com 26.986 doentes internados, 27 a mais do que no domingo, e 3.244 em cuidados intensivos, menos 67 do que no dia anterior.
A Itália já aplicou 15.352.790 doses de vacinas contra a covid-19 e 4.507.326 pessoas já tiveram as duas doses para obter imunidade.
O país vai diminuir as medidas restritivas a partir da próxima segunda-feira, 26 de abril, quando a qualificação de "zona amarela", de menor risco epidemiológico, será recuperada e as regiões que nela ingressarem poderão ter os seus restaurante e bares a receber clientes, desde que estejam ao ar livre.
Nesse dia, todos os estabelecimentos de ensino também serão reabertos em regiões com limitações médias e baixas, onde agora o atendimento presencial em escolas e universidades é de apenas 50%.
No entanto, este desconfinamento suscita dúvidas entre os dirigentes das instituições de ensino e entre os presidentes das regiões, e os sindicatos pediram ao Governo italiano que revertesse a reabertura, por considerá-la "um gesto político que não se baseia em condições reais".
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, tem dito em várias ocasiões que a educação é a sua maior prioridade e que o ensino voltará a ser presencial, pelo menos, no último mês do calendário escolar, que termina genericamente em 08 de junho para os 8,5 milhões de alunos do país.
Hoje, são 6,85 milhões os alunos que já podem ir fisicamente à escola, depois de algumas regiões como a Campânia (sul) terem saído do confinamento.
A maior parte do país encontra-se atualmente na "zona laranja", aquela com um nível médio de limitações, e apenas quatro regiões estão na de maior risco epidemiológico: Campânia e Apúlia (sul), Vale de Aosta (norte) e a ilha da Sardenha.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.020.765 mortos no mundo, resultantes de mais de 141,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.