Desviar atenções
A Fernando Medina (FM) presidente da C.M. de Lisboa e candidato do PS às próximas autárquicas, não basta a visibilidade mediática do cargo e reforça essa mediatização como “comentador” de um canal TV o que lhe permite manter-se em permanente “campanha eleitoral”. FM abdicou do princípio “à política o que é da política, à Justiça o que é da Justiça” tão caro ao próprio e ao Primeiro Ministro (PM) e quebrou o “voto” de silêncio sobre o principal arguido da Operação Marquês. O que há de novo agora que os media há muito não tivessem noticiado, fruto da quebra do segredo de justiça com a complacência do Ministério Público e que permitiu induzir na opinião pública uma culpabilização antecipada dos arguidos? Se não houve julgamento no local próprio, o Tribunal, e muito menos sentença transitada em julgado, porque razão FM se “esqueceu” também do princípio da presunção da inocência? FM deu a resposta ao afirmar “não precisa de haver nem mais crime adensado nem retirado. Aquilo que nós sabemos é suficiente ou melhor aquilo que também não foi explicado durante todo este tempo é suficiente”. Em ano de eleições FM resolveu alinhar com o “veredito de culpado” da opinião pública no “julgamento” feito através dos media e das redes sociais e aproveitar a onda populista que tanto ele como o PM não hesitam em “surfar” para atingir objetivos políticos. FM que a exemplo do PM e outros atuais ministros integraram os governos de José Sócrates, sem que se lhes conheça qualquer dissensão com as políticas então seguidas e que levaram o País à beira do colapso, procura assim exorcizar os fantasmas dessa colaboração aproveitando para desviar atenções do fundamental os prejuízos incalculáveis para o País que essa governação causou. Segundo FM “este caso é um manual do que está errado no sistema de justiça”. Também permite aferir o enorme falhanço da governação do PS em 20 dos últimos 25 anos e sua incapacidade para corrigir o que “está errado no sistema de justiça” e no resto.
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