O caso CDS / Madeira
Isto não devia acontecer.
Quem vota nos partidos acredita que os partidos integram pessoas, que actuam com educação, civismo e transparência.
Em nenhuma circunstância um partido político pode usar a aldrabice e o chico-espertismo para sobreviver.
Como é óbvio, os dirigentes do CDS / M tinham consciência que não podiam receber donativos acima do que a lei estipula, por isso, usaram a artimanha de aceitar um empréstimo fraccionado em contas individuais de alguns dos seus dirigentes (um até exerce a função de secretário regional da economia). Tudo isto é agravado pela origem obscura do “benfeitor”.
Os dirigentes do CDS podem vir agora afirmar que estão de consciência tranquila, mas os seus eleitores e os portugueses em geral sabem que o problema foi esconder a origem do dinheiro, mesmo que para isso implicasse contrariar a lei vigente. A transferência do dinheiro para as contas dos cinco dirigentes do CDS / M por parte do tal “benfeitor” era para o CDS / M, alguém dúvida disto? Portanto, há um acto ilegítimo e por consequência violador da lei do financiamento dos partidos.
Alguém se demitiu?
A poucos dias de comemorarmos mais o aniversário do 25 de Abril actos como este são mais uma machada na nossa esperança de um Portugal melhor.
Carlos Oliveira