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CDS-PP acusa Governo da República de discriminar a tauromaquia

Foto Joana Bourgard/Jornal de Notícias
Foto Joana Bourgard/Jornal de Notícias

O CDS-PP acusou hoje o Governo de discriminar o setor tauromáquico, ao não permitir o retomar das touradas, diferenciando a atividade do restante setor cultural no processo de desconfinamento, no âmbito da pandemia de covid-19.

Em comunicado, hoje divulgado, o CDS-PP afirma que a situação é tanto mais grave "pelo facto de serem permitidos espetáculos em recintos tauromáquicos, mas não touradas". "O setor tauromáquico é mais uma vez atacado gratuitamente por um Ministério condicionado a gostos pessoais de uma ministra [da Cultura, Graça Fonseca], e à pressão de grupos radicais minoritários na sociedade portuguesa", lê-se no texto.

O CDS-PP salienta que esta situação surge "a par da discriminação no IVA, da idade legal para assistir a espetáculos e ao atraso e omissão nos apoios ao setor cultural". Assim, os centristas exigem "respeito pela tauromaquia e pelos artistas que dela dependem para ganhar a vida" e recusam-se "a pactuar com políticas discriminatórias que atacam uma tradição portuguesa enraizada na nossa cultura há centenas de anos". "Portugal é uma democracia plena em que as liberdades individuais de cada um devem ser respeitadas por todos e, acima de tudo, pelo Governo", frisa o CDS-PP.

Portugal avança na segunda-feira para a terceira etapa do desconfinamento com o regresso às aulas presenciais no secundário e no ensino superior e com a reabertura de lojas, restaurantes e cafés. Os equipamentos culturais cujo funcionamento seja admitido podem funcionar até às 22:30 durante os dias de semana e até às 13:00 aos fins de semana e feriados.

Quatro concelhos - Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior - irão, contudo, recuar à primeira fase do desconfinamento e outros seis vão permanecem na fase atual - Alandroal, Albufeira, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela