Verbas do Plano de Resiliência deverão chegar à Região "nunca antes do início de Outubro"
Pedro Calado diz-se "satisfeito" com a negociação com Lisboa, que resultou na atribuição de 5% dos 13 mil milhões que serão distribuídos pelo Governo da República
"Num projecto destes é sempre pouco e sempre abaixo daquilo que são as nossas espectativas a toda a verba que possa vir aqui para estes projectos", começou por afirmar Pedro Calado aos jornalistas, para mais adiante acrescentar que, apesar de tudo, está "satisfeito" com o rumo das negociações com Governo da República a propósito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apresentado esta sexta-feira pelo primeiro-ministro.
Neste momento estamos satisfeitos com o processo que está a ser materializado
O vice-presidente do Governo Regional explicou que "há mais de um ano" que decorrem as negociações entre a Madeira e a República. Um processo "grande e complicado", que inicialmente previa uma fatia de 4 por cento dos 13 mil milhões que vão ser distribuídos pelo Governo na República a nível nacional.
As negociações com Lisboa valeram um aumento de um por cento deste valor.
O equivalente a cerca de mil milhões de euros (estima Calado, sem querer precisar números) para distribuir por diversas áreas transversais de apoio (área social, Educação, Cultura e apoio às empresas).
O que estava previsto inicialmente eram quatro por cento da verba que ira chegar a Portugal. Conseguimos renegociar para os cinco por cento
Pedro Calado espera agora que a União Europeia faça a sua parte e aprove os PRR para todos os Estados-Membros, de modo a que essas verbas cheguem "rapidamente" aos cofres da Região e às suas empresas.
Não obstante, adianta que "nunca antes do início de Outubro estas verbas chegarão à Região e aos seus comerciais.
O vice-presidente alertou ainda que é preciso não confundir as verbas comunitárias (no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027), que são "outra negociação" com as verbas do PRR.
Estas últimas, clarifica, "foram a apontadas pelo Governo Português e também com a orientação da UE para serem projectos inovadores para requalificar a economia".
Pedro Calado falava à margem da visita às, agora concluídas, obras de reabilitação do Serviço Técnico de Educação Especial da Quinta do Leme, que decorreu nesta manhã de sábado (17 de Abril).