Mais de 40 pessoas vacinadas contra o coronavirus por engano no Brasil
Um total de 46 pessoas que precisavam ser vacinadas contra a gripe, incluindo crianças e uma mulher grávida, foram inoculadas com vacinas contra a covid-19 por engano no Brasil, anunciaram hoje fontes oficiais.
O equívoco ocorreu na quarta-feira em Itirapina, município do interior do estado de São Paulo, onde funcionários da saúde confundiram os imunizantes após receberem medicamentos contra a covid-19 num posto de vacinação contra a gripe, facto que já está sob investigação.
Pelo menos 28 crianças e 18 adultos, incluindo uma mulher grávida, foram vacinados indevidamente e agora serão acompanhados por uma equipa médica por 14 dias.
De acordo com a prefeitura de Itirapina, especialistas consultados indicaram que o erro "não representa risco para a saúde dos envolvidos", porém, todas as medidas para a segurança dessas pessoas já foram tomadas.
Até ao momento não houve testes suficientes para determinar os efeitos das vacinas contra a covid-19 em menores de 18 anos e mulheres grávidas.
A falta das 46 doses de vacinas contra covid-19 foi identificada durante os controlos diários realizados pelas autoridades sanitárias do município.
Após detetar o erro, a Secretaria de Saúde de Itirapina procurou pessoalmente as famílias dos 46 vacinados para relatar o erro.
O Brasil iniciou nesta segunda-feira a campanha anual de vacinação contra gripe, com a qual pretende coibir complicações relacionadas com gripe na população e ajudar a evitar a sobrecarga que o sistema de saúde vive atualmente devido à pandemia de covid-19.
Na primeira das três etapas, esta semana, começaram a ser imunizados menores dos seis meses aos seis anos de idade, gestantes, indígenas e profissionais de saúde.
O Brasil registou 365.44 mortes e mais de 13,7 milhões de casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.